Transações do Brasil com o exterior têm rombo de US$ 43,3 bi no semestre
O saldo das transações comerciais e de serviços do Brasil com o exterior ficou negativo em US$ 43,311 bilhões no primeiro semestre deste ano. As informações foram divulgadas pelo Banco Central nesta sexta-feira (25).
Esse dado é chamado de transações correntes, que incluem exportações, importações, juros e viagens internacionais, entre outros.
O resultado apresentou uma leve piora em relação ao mesmo período do ano passado, quando o deficit estava em US$ 43,18 bilhões.
Só em junho, o resultado negativo foi de US$ 3,345 bilhões. Economistas consultados pela Reuters previam saldo negativo de US$ 3,9 bilhões no mês passado, pela mediana de 19 estimativas variando entre deficit de US$ 1,4 bilhão e US$ 4,7 bilhões.
Para julho, o BC estima que o resultado das transações correntes será negativo em US$ 6,7 bilhões.
Com Copa, gastos de estrangeiros no Brasil batem recorde
Os gastos de estrangeiros no Brasil somaram US$ 797 milhões em junho, mês em que se iniciou a Copa do Mundo no país.
De acordo com o blog Achados Econômicos, em dólares correntes (sem atualizar pela inflação da economia americana), esse é o maior valor, para um único mês, de toda a série histórica que o Banco Central coloca à disposição, iniciada em 1969.
Até então, o recorde era de janeiro de 2013 (US$ 696 milhões).
Investimento estrangeiro direto cai no semestre
O investimento estrangeiro direto (IED) somou US$ 29,264 bilhões no primeiro semestre deste ano. Em 2013, no mesmo período, estava em US$ 29,989 bilhões.
Só em junho, o IED somou US$ 3,9 bilhões.
Para julho, o BC estima que o IED vá atingir US$ 5,2 bilhões. Até o dia 23, o indicador está em US$ 4 bilhões.
Balanço de pagamentos
Todos estes indicadores fazem parte de uma conta maior, chamada balanço de pagamentos. Se forem considerados todos os itens, o balanço foi positivo em US$ US$ 3,8 bilhões em junho.
O balanço de pagamentos não pode ser confundido com a balança comercial. O balanço inclui todas as transações do Brasil com o exterior, comerciais, de serviços ou financeiras. Ele se divide em duas partes: transações correntes e conta de capital.
As transações correntes incluem a balança comercial (exportações e importações), a balança de serviços (juros da dívida externa, remessas de lucros e dividendos, viagens internacionais etc), e as transferências unilaterais (dinheiro mandado por brasileiros de fora do país, por exemplo).
A conta de capital e financeira é formada por aplicações em Bolsa, investimentos estrangeiros diretos (a criação ou ampliação de uma fábrica, por exemplo) e empréstimos concedidos ao Brasil.
O resultado entre as transações correntes e a conta de capital é que mostra se o balanço de pagamentos está positivo ou negativo. Com resultado positivo, as reservas internacionais do país crescem (quantidade de dólares em poder do governo).
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