Grécia deve pagar 450 milhões de euros ao FMI até quinta-feira
A Grécia tem até esta quinta-feira (9) para pagar uma parcela de € 450 milhões ao FMI (Fundo Monetário Internacional), referente a um empréstimo feito ao país.
O ministro das Finanças grego, Yanis Varoufakis, afirmou no domingo que a Grécia "pretende cumprir todas as obrigações com todos os seus credores, ad infinitum".
Ele está tentando acalmar temores do mercado de que a Grécia pode dar um calote em seus credores. Na semana passada, o ministro do Interior tinha sugerido que o governo iria priorizar salários e aposentadorias em vez do pagamento ao FMI.
A Grécia não recebe novos empréstimos de órgãos internacionais desde agosto do ano passado, e está recorrendo a medidas como empréstimos de entidades estatais.
O país está rapidamente ficando sem dinheiro, mas novos empréstimos só serão concedidos depois que o governo e seus credores conseguirem negociar os termos de um pacote de reformas.
Na semana passada, a Grécia apresentou uma nova proposta para as reformas, mas a União Europeia e o FMI ainda não deram um parecer sobre o novo texto.
Entenda o caso
A Grécia foi um dos países mais afetados pela crise econômica que começou no final de 2008. O país pertence à zona do euro, e recorreu ao bloco para botar suas finanças em ordem.
Em 2010, foi acertado um plano de empréstimos concedidos pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), o Banco Central Europeu e a União Europeia, trio que ficou conhecido como "troika".
Em troca, a Grécia deveria adotar as chamadas medidas de austeridade, como aumento de impostos e corte de gastos do governo. Tais medidas foram extremamente impopulares e a "troika" passou a ser odiada pelo povo grego.
O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, filiado a um partido de esquerda, foi eleito com a promessa de minimizar o programa de austeridade no país e focar sua política no bem-estar dos cidadãos.
O país precisava renovar o empréstimo com a "troika", ou poderia ficar sem dinheiro até o final de março.
Para estender o programa de resgate, no entanto, a Alemanha pressionou para que a Grécia continuasse aplicando reformas econômicas.
(Com Reuters e agências de notícias)
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