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Taxa de juros para o consumidor é a maior desde março de 2011, aponta BC

Do UOL, em São Paulo

24/04/2015 11h21

A taxa média de juros cobrada do consumidor subiu novamente em março. O custo do dinheiro subiu de 54,3% para 54,4% ao ano, maior valor desde que os dados começaram a ser compilados, em março de 2011. Para as empresas, o juro avançou de 26,1% para 26,5% ao ano. 

Essas taxas se referem aos recursos livres, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado no mercado e definir as taxas de juros. Não inclui, portanto, financiamento imobiliário, crédito rural e empréstimos do BNDES.

As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (24) pelo Banco Central.

Calotes ficam estáveis; ganho dos bancos cai

O número de contas em atraso ficou estável em março, em 4,4% (também considerando os recursos livres).

O ganho dos bancos (o spread bancário, diferença entre os juros que os bancos pagam pelo dinheiro e o que eles cobram dos clientes) foi de 28,2 pontos percentuais no mês, abaixo dos 28,3 pontos percentuais registrados em fevereiro.

Mais crédito no mercado

As operações de crédito do sistema financeiro somaram R$ 3,060 trilhões em março, com alta de 1,2% no mês e alta de 11,2% em doze meses. O montante representou 54,8% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos em um país). O volume correspondia a 52,2% em março de 2014. 

Do montante das operações de crédito, R$ 1,621 trilhão são de pessoas jurídicas e R$ 1,438 trilhão de pessoas físicas. O saldo de operações envolvendo pessoas jurídicas cresceu 1,6% em comparação a fevereiro e 10% em doze meses. No caso de pessoas físicas, houve alta mensal de 0,8%, e a anual de 12,6%.

O crédito com recursos livres, em que os bancos têm autonomia para aplicar o dinheiro captado, somou R$ 1,578 trilhão. Houve alta de 0,8% em comparação a fevereiro e de 5,2% em doze meses.

O crédito com recursos direcionados, em que os empréstimos devem seguir regras definidas pelo governo, alcançou saldo de R$ 1,481 trilhão, registrando alta de 1,6% no mês e de 18,4% em doze meses.

(Com Reuters e Valor)