Marca e bens da Sulfabril são leiloados, e empresa pode voltar a funcionar
Uma fábrica, alguns outros imóveis, móveis, veículos, máquinas e equipamentos da antiga malharia Sulfabril foram leiloados nesta terça-feira (1º) na 1ª Vara Cível de Blumenau (SC). A marca Sulfabril também foi vendida no leilão.
Os compradores devem retomar as atividades da empresa, segundo a assessoria de imprensa do Poder Judiciário de Santa Catarina.
Os bens foram vendidos em quatro lotes, arrematados pelo valor total de R$ 40,8 milhões --abaixo da avaliação inicial. O maior lote incluía uma fábrica e todos os bens que estavam dentro dela, além da marca Sulfabril, e era avaliado em R$ 131,8 milhões; o lance inicial foi de R$ 33,1 milhões e o pacote foi arrematado, depois de quatro lances, por R$ 34,6 milhões.
A Justiça já tinha tentando leiloar a marca outras vezes, sem sucesso.
A malharia teve a falência decretada em 1999, mas continuou em operação. Três fábricas já tinham sido vendidas em leilão no ano passado. Em dezembro e 2014, as fábricas que ainda estavam funcionando encerraram as atividades por causa de problemas financeiros.
Empresa chegou a ter 5.000 funcionários
A Sulfrabril nasceu em Blumenau em 1947 e chegou a empregar mais de 5.000 funcionários.
Foi sucesso nos anos 1970 e 1980, quando suas coleções eram anunciadas no horário nobre da televisão e nas principais revistas do país, com garotas-propaganda como as atrizes Regina Duarte e Sandra Bréa.
A crise da empresa teve início em meados da década de 1990, com a abertura do Brasil ao mercado internacional. A falência foi decretada em 1999.
A empresa tem uma dívida estimada em R$ 119 milhões. Desse total, R$ 60 milhões se referem a dívidas trabalhistas, segundo o Sindicato dos Trabalhadores Têxteis de Blumenau, Gaspar e Indaial, em Santa Catarina.
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