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Presidente da Caixa gastou R$ 2,7 milhões em viagens, diz jornal

20.abr.2020 - O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, em coletiva sobre os pagamentos do auxílio emergencial - Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo
20.abr.2020 - O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, em coletiva sobre os pagamentos do auxílio emergencial Imagem: Edu Andrade/Fatopress/Estadão Conteúdo

Lucas Valença

Do UOL, em Brasília

06/11/2021 11h21

O presidente da Caixa Econômica, Pedro Guimarães, gastou mais de R$ 2,75 milhões em 202 viagens que promoveu pelo Brasil desde que assumiu o cargo, em 2019. A informação é do jornal O Globo.

Segundo o jornal, que obteve a informação da própria Caixa por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação), os gastos com os deslocamentos e hospedagens do representante do banco público estão sendo investigadas pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e pelo MPF (Ministério Público Federal).

O jornal informou que o banco não especificou quanto foi gasto especificamente com deslocamento, hospedagem ou outras despesas.

A viagem mais cara do presidente da Caixa, explicou o veículo, foi a Itapipoca (CE) e Oeiras (PI), em 15 de outubro de 2020. Os gastos do banco com a viagem teriam totalizado R$ 88,9 mil. Pedro Guimarães também teria viajado 49 vezes a São Paulo e 17 vezes ao Rio de Janeiro.

No TCU, a investigação está sob a relatoria do ministro Aroldo Cedraz. No processo, informações sobre as viagens de Guimarães foram solicitadas ao banco, diz o jornal.

Influência de Guimarães

Pedro Guimarães é um dos maiores aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Foi nomeado para a presidência da Caixa em janeiro de 2019, início do mandato presidencial de Bolsonaro.

No início de outubro deste ano, Guimarães levou ao presidente Bolsonaro críticas de que bancos e instituições fomentadoras de microcrédito, em especial no Norte e Nordeste, estariam sob influência de ONGs ligadas à esquerda.

A conversa com o mandatário resultou na demissão do presidente de uma dessas instituições, o BNB (Banco do Nordeste), Romildo Rolim. A exoneração de Rolim chegou a ser pautada por Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL.