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Antes do Copom, Haddad diz que mercado vê queda de juros em até 0,75 ponto

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mostrou otimismo sobre redução da taxa da Selic, que deve ser divulgada pelo Copom (Comitê de Política Monetária) na noite de hoje, e diz que parcela do mercado espera redução de até 0,75 ponto percentual.

Tem gente no mercado apostando em uma queda de 0,75 [ponto]. Ninguém espera a manutenção da taxa. [...] Hoje o mercado está pendendo mais para 0,50 do que para qualquer outro número. Lembrando que tem gente no mercado apostando em um corte 0,75. Penso que as perspectivas são muito boas.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em entrevista ao "Bom Dia, Ministro", da EBC

O ministro citou a queda da inflação e do dólar como motivos que contribuiriam com o corte da taxa básica e também afirmou que "nenhum economista com reputação" espera a manutenção da porcentagem.

Taxa Selic [do Brasil] é a maior do mundo em termos reais, ou seja, acima da inflação, e projetada por ano que vem está em 10%. E quando cai a taxa básica de juros, o que certamente vai acontecer hoje (...) as empresas vão começar a captar mais barato e no final vai acabar chegando ao consumidor.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda

Juros em 13,75% há um ano

A taxa básica de juros está em 13,75% ao ano desde agosto de 2022. É praticamente consenso no mercado que a Selic deve ter o primeiro corte em três anos, desde agosto de 2020. A dúvida é em relação à intensidade da redução.

A inflação de julho surpreendeu e fez crescer apostas de especialistas em corte maior da taxa. Os analistas mais otimistas consultados pelo UOL citam os últimos dados de inflação como justificativa para uma queda de 0,50 ponto na Selic, para 13,25% ao ano. A prévia de julho (IPCA-15) indicou deflação de 0,07% no mês. Por isso, "há espaço para cortar a Selic em 0,50 ponto", diz Andre Fernandes, sócio da A7 Capital.

Por outro lado, há previsões mais conservadoras devido ao histórico do BC. Analistas ouvidos pelo UOL acreditam que o mais provável é um corte de 0,25 ponto percentual, para 13,5%, em razão das últimas comunicações do Banco Central.

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