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Cetip tem lucro 48% maior no 3ºtri e prevê estabilidade

07/11/2013 20h39

7 Nov (Reuters) - A Cetip, maior depositária de títulos privados da América Latina, teve alta expressiva no lucro do terceiro trimestre, apoiada por aumento de receitas e controle de custos, e não prevê mudança significativa no desempenho no curto prazo.

O lucro líquido subiu 48,2 por cento no terceiro trimestre, a 93,5 milhões de reais, ante 63,1 milhões de reais de igual etapa de 2012, informou a companhia nesta quinta-feira. O resultado veio praticamente em linha com as expectativas dos analistas, de 94 milhões de reais.

"No curto prazo, no horizonte em que temos visibilidade, não esperamos grandes alterações em relação ao que foi visto nos últimos trimestres", afirmou à Reuters o presidente da Cetip, Francisco Carlos Gomes.

O lucro ajustado no período somou 128,5 milhões de reais, alta ano a ano de 27,6 por cento.

O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) foi de 162,4 milhões de reais no terceiro trimestre, crescimento anual de 18,6 por cento.

No trimestre, a receita líquida somou 230,1 milhões de reais, alta de 14,5 por cento, com destaque para as unidades de títulos e valores mobiliários (TVM) e de financiamentos, que tiveram receitas brutas 17,3 por cento e 13,7 por cento maiores, respectivamente.

Na unidade de TVM, o maior avanço ocorreu no segmento de custódia, com receita 24,6 por cento maior, enquanto o destaque da unidade de financiamento foi o Sistema de Registro de Operações Financeiras (Sircof) de financiamento de veículos, com alta de 34,2 por cento.

Os resultados foram parcialmente impulsionados pelo aumento de 10,5 por cento das receitas com registros, que somaram 29,1 milhões de reais. A maior parte do crescimento correspondeu a registros de derivativos, com alta de 38,3 por cento para 7,9 milhões reais. Os registros de renda fixa somaram 18 milhões reais, alta de 2,5 por cento.

Segundo Gomes, o registro de derivativos avançou devido à maior volatilidade nos juros e no câmbio, que aumentou a procura pelo instrumento. No caso da renda fixa, houve bom desempenho no registro de letras financeiras e instrumentos ligados aos mercados agrícola e imobiliário, explicou.

As despesas operacionais ajustadas cresceram 5,8 por cento no trimestre ante um ano antes e recuaram 0,1 por cento ante o trimestre imediatamente anterior, para 67,8 milhões de reais.

De acordo com o presidente da Cetip, as despesas não têm tendência de queda devido ao crescimento esperado dos negócios, o que demanda gastos.

"Temos uma gestão parcimoniosa das despesas, mas sem economia para desenvolver novas atividades e serviços. Como a companhia tem alta taxa de crescimento, as despesas não tendem a diminuir", disse. (Por Natalia Gómez e Guillermo Parra-Bernal)