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BC britânico mantém juros conforme debate interno se torna mais acalorado

07/08/2014 08h38

Por William Schomberg

LONDRES (Reuters) - O banco central britânico manteve as taxas de juros em mínimas recordes nesta quinta-feira, dando à rápida recuperação econômica da Grã-Bretanha mais tempo para se consolidar com as diferenças entre suas autoridades se tornando mais aparentes.

O Comitê de Política Monetária do Banco da Inglaterra manteve a taxa de juros em 0,5 por cento, o nível que tem mantido desde o pior da crise financeira, mais de cinco anos atrás.

O BC não divulgou comunicado após sua reunião de dois dias, e investidores terão que esperar quase duas semanas para saber se algum membro do comitê votou a favor de elevar as taxas de juros pela primeira vez em mais de três anos.

A primeira divisão no Comitê de Política Monetária aconteceria na reunião de agosto, segundo previsões feitas por economistas consultados pela Reuters.

Com a economia britânica a caminho de crescer mais de 3 por cento neste ano, é amplamente esperado que o BC britânico seja o primeiro banco central em uma importante economia desenvolvida a elevar as taxas de juros.

Os mercados esperam que uma primeira elevação dos juros aconteça no final deste ano ou no começo de 2015.

Alguns membros do Comitê de Política Monetária têm dito que está chegando o momento de reduzir gradualmente os estímulos depois que o desemprego caiu para 6,5 por cento nos três meses até maio, ante 7,8 por cento um ano antes.

No entanto, outras autoridades do comitê apontam para um crescimento muito lento dos salários como um sinal de que a recuperação no mercado de trabalho ainda tem mais espaço para avançar antes de começar a pressionar a inflação, que estava abaixo da meta a 1,9 por cento em junho.

A fraqueza no crescimento dos salários levantou preocupações de que custos mais altos de serviço da dívida após uma elevação dos juros poderia tirar a recuperação econômica da Grã-Bretanha do rumo.

O banco central deve reduzir suas projeções para o crescimento dos salários quando divulgar suas projeções econômicas trimestrais na semana que vem.

(Reportagem adicional de Tess Little)