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Presidente do BC britânico diz que vai olhar além da queda do petróleo

RUBEN SPRICH
Imagem: RUBEN SPRICH

23/01/2015 18h12

LONDRES (Reuters) - O presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, minimizou nesta sexta-feira o risco de que a Grã-Bretanha possa cair em uma armadilha deflacionária, dizendo ser melhor olhar além da queda dos preços do petróleo em um momento em que os salários britânicos estão crescendo.

O banco central ainda precisaria aumentar gradualmente as taxas de juros ao longo dos próximos três anos para impedir que a inflação supere a meta de 2 por cento, disse ele em entrevista a um jornal, em Davos, na Suíça.

Os preços do petróleo têm caído desde o meio do ano passado, empurrando a inflação britânica para a mínima de 0,5 por cento em 14 anos e levando dois diretores do banco central a abandonar pedidos por taxas de juros mais altas.

Mas Carney disse a queda dos preços do petróleo não deve determinar o caminho de médio prazo da política monetária em um cenário de continuação de um crescimento econômico robusto na Grã-Bretanha.

"É conveniente olhar através dessas dinâmicas em um momento em que os salários estão crescendo e os preços estão tendo uma mudança de nível", disse Carney ao The New York Times.

A inflação deve voltar a 2 por cento dentro de dois anos, disse ele.

"Isso seria consistente com alguns aumentos modestos, limitados, graduais das taxas de juros ao longo dos próximos três anos", acrescentou.

Mais cedo nesta sexta-feira, Carney disse estar com o plano de compra de títulos revelado pelo Banco Central Europeu (BCE) na quinta-feira.

"(O plano é) absolutamente necessário para preservar as perspectivas de prosperidade a médio prazo na Europa. Isso não entrega prosperidade a médio prazo, apenas cria as condições para isso", disse ele em um painel do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

(Por Andy Bruce)

((Tradução Redação São Paulo, 5511 5644-7727)) REUTERS FB CB