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Levy diz que cortes devem ficar entre R$70 bi e R$80 bi e não descarta alta de imposto

UESLEI MARCELINO
Imagem: UESLEI MARCELINO

18/05/2015 17h43

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse nesta segunda-feira que o contigenciamento de gastos do Orçamento deve ficar entre 70 bilhões e 80 bilhões de reais e que o governo não descarta a possibilidade de elevar impostos para cumprir a meta de superávit primário deste ano.

"Estamos examinando. A gente não sabe qual vai ser o resultado (das votações das medidas de ajuste fiscal) do Congresso. Então, estamos aguardado as diferentes opções", disse Levy, respondendo a questionamento de jornalistas sobre aumento de impostos após participar de reunião com representantes do governo na vice-presidência da República.

Perguntado sobre o tamanho do corte de gastos públicos do Orçamento da União, será de 70 bilhões de reais ou mais próximo de 80 bilhões de reais, o titular da Fazenda disse que a cifra final não está definida.

"Isso são especulações. Mas a ordem de grandeza vai estar nesta faixa", limitou-se a afirmar.

Segundo Levy, que o bloqueio de gasto público será o necessário para o governo atingir a meta de superávit primário deste ano, que é de 66,3 bilhões de reais, acrescentando que o anúncio do contingenciamento será feito ainda esta semana, conforme o prazo estipulado em lei.

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou uma emenda à Medida Provisória 664 que permite a flexibilização do Fator Previdenciário, mecanismo que limita o valor da aposentadoria de pessoas mais novas, medida que pode gerar aumento de custos.

Após a aprovação da medida pela Câmara, Levy disse, em mais de uma ocasião, que é preciso avaliar os impactos desta medida para evitar a necessidade de novos impostos para cobrir os custos.

Mais cedo nesta segunda-feira, uma fonte do governo disse à Reuters que a equipe econômica do governo avalia que será preciso aumento de impostos para cumprir a meta de superávit primário e que o Ministério da Fazenda acertou com a presidente Dilma Rousseff que haverá aumento de PIS e Cofins.

(Por Luciana Otoni)