Crescimento do PIB dos EUA no 2º tri é revisado para cima, a 3,9%
WASHINGTON (Reuters) - A economia norte-americana expandiu mais do que estimado anteriormente no segundo trimestre devido a gastos do consumidor e setor de construção mais fortes, na segunda revisão consecutiva para cima.
O Departamento do Comércio informou nesta sexta-feira (25) que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu ao ritmo anual de 3,9% no trimestre entre abril e junho, acima do ritmo de 3,7% divulgado no mês passado.
A alta, que superou as expectativa de que ficaria inalterada em 3,7% em pesquisa da agência de notícias Reuters para a terceira leitura do crescimento econômico do 2º trimestre, foi provocada pelo crescimento dos gastos do consumidor, sobretudo em serviços como assistência médica e transporte.
Os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, foram revisados para cima a um ritmo de crescimento de 3,6%, ante a taxa de 3,1% divulgada em agosto, impulsionados pela gasolina barata e os preços relativamente mais altos das moradias, melhorando o patrimônio das famílias.
Os dados revisados dos gastos da construção também ajudaram a elevar o PIB, com o investimento fixo não residencial com expansão de 4,1% no trimestre.
Os lucros corporativos depois de impostos também foram mais fortes no segundo trimestre do que projetado anteriormente. Os lucros depois de impostos com ajustes de valorização de estoques e consumo de capital mostraram alta de 2,6%, ante 1,3% divulgado mês passado, recuperando-se da queda no final de 2014 e início de 2015.
Os dados dão sustentação aos argumentos de que a economia norte-americana pode estar ganhando força suficiente para lidar com um aumento da taxa de juros ante as mínimas recordes atuais.
O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, deixou a taxa de juros inalterada na última semana, mas a chair do Fed, Janet Yellen, manteve a porta aberta para uma elevação dos juros ainda neste ano em um discurso na quinta-feira, desde que a inflação permaneça estável e o crescimento seja forte o suficiente para impulsionar o emprego.
(Por Krista Hughes)
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