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Bovespa e dólar avançam; cena externa e medidas do BC ganham atenção

20/08/2014 14h01

A quarta-feira é marcada pela cautela dos agentes financeiros, que evitam movimentações mais intensas nos mercados acionários à espera de sinalizações sobre o futuro da política monetária americana, que podem vir na ata do Federal Reserve (Fed) a ser divulgada nesta tarde.

Além da cena externa, os investidores brasileiros acompanham o quadro eleitoral, com impacto no movimento do Ibovespa. Também amparada pelo cenário eleitoral, a moeda brasileira cai menos que outras divisas emergentes, num dia de ampla valorização do dólar.

Nos juros futuros, as operações refletem, em parte, o resultado do IPCA-15 de agosto, que veio mais brando que o esperado. Investidores operam na expectativa de que mais medidas de crédito sejam anunciadas ainda hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.

Nesta manhã, já foram anunciadas outras ações, mas pelo Banco Central (BC), como a redução de exigência de capital para a concessão de empréstimos no varejo e flexibilização do recolhimento de compulsório.

Bolsa

O Ibovespa segue em alta nessa quarta-feira e chegou a bater a marca de 59 mil pontos, na máxima. Às 13h48, o índice da Bolsa paulista subia 0,30%, para 58.624 pontos. Petrobras ON ganhava 1,27% e Petrobras PN avançava 1,39%.

Os investidores monitoram o cenário eleitoral, em dia em que Marina Silva deve ser oficializada candidata à Presidência da República.

Também nesta quarta-feira, o BC editou dois normativos dando prosseguimento à desmontagem de medidas macroprudenciais que aumentaram recolhimentos compulsórios e exigência de capital dos bancos a partir de 2010, para conter a então acelerada expansão do crédito. A nova flexibilização de compulsórios libera mais R$ 10 bilhões para o sistema financeiro.

O IBGE, por sua vez, mostrou que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15) ficou em 0,14% em agosto, depois da alta de 0,17% um mês antes.

MMX era destaque de baixa. A ação cedia 5,66%, depois de ter despencado e fechado ontem com baixa de 10,16%, com notícias de que a empresa pode ter de pedir recuperação judicial.

Câmbio

O dólar tem valorização em relação ao real nesta quarta-feira, mas novamente o movimento no Brasil é menos intenso, levando a moeda brasileira a se destacar positivamente entre seus principais pares emergentes. A questão política segue dando o tom nos negócios.

Às 13h47, o dólar comercial subia 0,17%, a R$ 2,2538. O dólar para setembro avançava 0,27%, a R$ 2,2610.

O BC já vendeu todos os 4 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados hoje, elevando a um novo recorde sua posição vendida em dólar via swaps, para US$ 92,96 bilhões (1.859.120 contratos).

A autoridade monetária fez a rolagem de todos os 10 mil contratos de swap cambial tradicional ofertados em leilão nesta quarta-feira, adiando o vencimento do equivalente a US$ 493,1 milhões em papéis que venceriam no início de setembr o.

Dos 201.400 contratos (US$ 10,07 bilhões) com vencimento em 1º de setembro, ainda há 81.400 (US$ 4,07 bilhões) passíveis de rolagem. A expectativa é que o BC complete a rolagem de até 95% do lote total.

Ao longo da sessão, o movimento do dólar dever ser influenciado pelo noticiário envolvendo o BC americano.

Juros

O resultado do IPCA-15 de agosto, que veio abaixo da média das estimativas colhidas pelo Valor Data, influenciava o mercado de juros futuros. O recuo dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) ocorre a despeito de uma tentativa de correção que se vê nos preços dos ativos no exterior, que inclui a alta do rendimento dos títulos do Tesouro americano.

Os mercados aguardam ainda as próximas medidas de crédito, que o ministro Guido Mantega deve anunciar nesta tarde. Pela manhã, o BC anunciou medidas, como a redução de exigência de capital para a concessão de empréstimos no varejo e flexibilização do recolhimento de compulsório.

Na BM&F, o DI janeiro/2017 tinha taxa de 11,34%, de 11,36% ontem. O DI janeiro/2016 operava a 11,21%, de 11,24% ontem.