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Cid Gomes promete diálogo com os professores e reforma no ensino médio

02/01/2015 14h11

Em um breve discurso o novo ministro da Educação, Cid Gomes (Pros), afirmou nesta sexta-feira na cerimônia de transmissão de posse que pretende dialogar com todos os setores para melhorar a qualidade do ensino no país. De forma forma genérica, prometeu ampliar o atendimento nas creches, pré-escolas, escolas de tempo integral, do Ciências Sem Fronteiras e reformar o currículo do ensino médio para atender as diferenças regionais.

A única meta mais específica citada pelo ministro no discurso de posse foi garantir 12 milhões de vagas no Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico (Pronatec), promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff, que o escolheu para o cargo depois de 12 anos de PT no ministério.

Cid afirmou, ainda, que trabalhará para atingir todas as diretrizes do Plano Nacional de Educação (PNE), que já prevê metas para ampliar o atendimento de todas as fases do ensino no país até 2024, e destacou que o novo lema do governo, lançado ontem pela presidente Dilma, será "Brasil, Pátria Educadora".

"O Brasil, nos últimos 12 anos, com os governos de Lula e Dilma, teve grande êxito com políticas sociais que tiraram o país do mapa da fome da ONU. Agora o novo desafio é o da inclusão pelo saber. O conhecimento, a educação, é o caminho certeiro para o desenvolvimento humano", afirmou.

O novo ministro dirigiu-se ainda aos educadores brasileiros com a promessa de diálogo. "Sou filho e irmão de professores. Fui também professor. A minha experiência como prefeito e também como governador me ensinou ainda mais sobre as necessidades do corpo docente. Meu gabinete estará sempre aberto para receber conselhos, críticas e ajuda", afirmou.

Prometeu, ainda, empenho para promover avanços no setor. "Vou me dedicar integralmente, sem descanso, dia e noite, para buscar melhorar a educação brasileira. Vou viajar para todas as regiões para aprender e buscar compreender suas necessidades", disse.

Ex-governador do Ceará, Cid recebeu o cargo de José Henrique Paim (PT), que era secretário-executivo da pasta e foi escolhido ministro em janeiro de 2014 como uma solução técnica para o lugar de Aloizio Mercadante (PT) conduzido a Casa Civil. Antes de Mercadante ocuparam o posto Tarso Genro (PT) e Fernando Haddad (PT).

A cerimônia foi acompanhada pelos ministros Nelson Barbosa, do Planejamento, Ideli Salvatti, da Secretaria de Direitos Humanos, Arthur Chioro, da Saúde, Gilberto Occhi, da Integração Nacional, Tereza Campello, de Desenvolvimento Social, e Eleonora Menicucci, da Secretaria de Políticas para Mulheres, pelo governador do Ceará, Camilo Santa na (PT), e políticos do Estado.

Paim

De saída do Ministério da Educação, Paim afirmou nesta sexta-feira que o novo titular da pasta sempre teve um alinhamento muito grande com o tema e que admira muito as políticas implantadas no Estado para o setor.

"Além de todo o trabalho que estava sendo realizado, o nosso ministro demonstra aquilo que é mais importante na educação: a paixão e a relação direta que tem que estabelecer com todos os educadores", afirmou.

Paim deixa o cargo depois de 11 anos no Ministério da Educação e um como ministro. No discurso, ele destacou as mudanças que ocorreram nestes 11 anos, com a democratização e redução das desigualdades sociais. "Como dizia Anísio Teixeira, educação não é privilégio, educação é para todos. Na minha opinião, foi o grande mérito deste ciclo" , disse.

O petista ressaltou ainda a lei de cotas para as universidades, o fortalecimento das universidades públicas, a consolidação de um sistema de avaliação nacional, mudanças no financiamento do setor, com a criação do Fundo de Educação Básica (Fundeb), e a ampliação do foco do ministério, que atuou na educação infantil e profissional.

Paim agradeceu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff, aos ex-ministros Tarso Genro, Fernando Haddad e Aloizio Mercadante, além de mais de uma dezena de pessoas. Muito aplaudido pelos servidores, que lotaram o pequeno plenário escolhido para o ato, Paim se emocionou no fim da cerimônia ao mencionar a convivência com os servidores do Ministério.