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Confiança da construção cai ao menor nível desde julho de 2010

27/01/2015 08h30

O Índice de Confiança da Construção (ICST) recuou 6,1% em janeiro de 2015 em relação ao mês anterior, alcançando 90,8 pontos, o menor nível da série iniciada em julho de 2010, informa sondagem mensal da Fundação Getuli o Vargas (FGV). Na comparação com o mesmo período em 2014, a queda foi ainda mais expressiva, de 21,3%.

"Depois de anos lidando com a falta de mão de obra qualificada, o empresário da construção agora vê como maior problema a demanda fraca em todos os seus segmentos. Assim, a forte retração do emprego observada no último trimestre de 2014 não deve ser compensada nos próximos meses. O maior pessimismo indica uma continuidade do movimento de redução da atividade e do emprego" observou, em nota, Ana Maria Castelo, coordenadora de Projetos da Construção da FGV/Ibre.

A piora do índice em janeiro ocorreu tanto nas avaliações em relação ao estado atual dos negócios quanto nas expectativas em relação aos meses seguintes: o Índice da Situação Atual (ISA) caiu 7,5%, após recuar 1,8%, em dezembro, alcançando 81,9 pontos. O Índice de Expectativas (IE) caiu 5,0%, ao passar de 104,8 pontos, em dezembro, para 99,6 pontos, em janeiro. Ambos são os menores índices da série histórica da pesquisa.

O movimento negativo do índice de situação atual foi influenciado majoritariamente pelo quesito sit uação atual dos negócios que recuou 9,8% em relação ao mês anterior, atingindo 85,9 pontos. O indicador que capta a evolução recente da atividade também caiu, 4,9% para 77,8 pontos em janeiro.

As expectativas refletiram a queda dos dois quesitos que o compõem, com maior contribuição daquele que mede a percepção das empresas quanto à situação dos seus negócios para os próximos seis meses, cujo indicador passou de 111,7 pontos, em dezembro, para 105,1 pontos, em janeiro, uma queda de 5,9%. O indicador do quesito que capta a expectativa em relação à evolução da demanda nos os três meses seguintes recuou 3,9% na comparação com o mês anterior. A edição da sondagem de janeiro coletou informações de 670 empresas entre os dias 05 e 23 deste mês.