Em fevereiro, indústria reduz produção de 70% dos 805 itens fabricados
A indústria brasileira reduziu a produção de 70,2% dos 805 itens pesquisados pelo IBGE em fevereiro, na comparação com o mesmo período do ano passado. Embora fevereiro deste ano tenha tido dois dias a menos (18) que o segundo mês de 2014, esse dado explica apenas parte da forte queda de 9,1% da produção no período.
O perfil de queda foi generalizado: além de 70% dos produtos, houve resultados negativos nas quatro grandes categorias econômicas, em 24 dos 26 segmentos, e em 66 dos 79 grupos de produtos.
Entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias, que recuou 30,4%, exerceu a maior influência negativa sobre a média da indústria, pressionada em grande parte pela redução na produção de aproximadamente 97% dos produtos investigados no setor, com destaque para automóveis e caminhões.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total nacional vieram de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-33,9%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-6,9%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-24,0%), de máquinas e equipamentos (-10,6%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-19,7%), de produtos de metal (-12,8%), de produtos alimentícios (-3,2%), de produtos de minerais não-metálicos (-9,5%), de metalurgia (-6,0%), de produtos de borracha e de material plástico (-7,0%), de bebidas (-6,7%), de outros produtos químicos (-4,3%), de móveis (-16,1%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-7,3%).
Apenas dois segmentos aumentaram a produção, com o principal impacto observado em indústrias extrativas (11,9%), impulsionada, em grande parte, pelos avanços nos itens minérios de ferro pelotizados, óleos brutos de petróleo e minérios de ferro em bruto ou beneficiado.
Ainda no confronto com igual mês do ano anterior, bens de consumo duráveis (-25,8%) e bens de capital (-25,7%) assinalaram, em fevereiro de 2015, as reduções mais acentuadas entre as grandes categorias econômicas.
Os setores produtores de bens de consumo semi e não-duráveis (-8,9%) e de bens intermediários (-4,0%) também apontaram resultados negativos nesse mês, mas ambos com intensidade de queda menor do que a média nacional (-9,1%).
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