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Dólar sobe após dados do setor imobiliário nos EUA

19/05/2015 11h26


O dólar passou a registrar alta nesta terça-feira, na esteira de dados mais fortes do setor imobiliário americano, que sinalizam um quadro menos preocupante para a economia do país e mantêm a porta aberta para altas de juros nos Estados Unidos ainda neste ano.

Às 11h19, o dólar comercial subia 0,60%, a R$ 3,0351. O dólar junho avançava 0,89%, a R$ 3,0495.

O número de construções residenciais iniciadas no país teve expansão de 20,2% em abril, bem acima do aumento esperado, de 9,1% e na maior alta desde fevereiro de 1991. Enquanto isso, o número de novas permissões para construção - um indicador antecedente do ritmo de atividade do setor - subiu 10,1%, para 1,143 milhão ao ano em abril.

Os números foram conhecidos na véspera da divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), que pode dar sinalizações sobre a leitura do órgão a respeito da série recente de dados mais fracos nos EUA. Esse conjunto de indicadores levou o mercado a reavaliar a probabilidade de alta de juros no país neste ano, o que contribuiu para enfraquecer o dólar no exterior e no Brasil.

Brasil

No mercado interno, o noticiário fiscal e as sinalizações do Banco Central seguem concentrando as atenções.

O BC realiza hoje no Rio de Janeiro reuniões com economistas do mercado financeiro para colher impressões que costumam ajudar na elaboração do Relatório Trimestral de Inflação.

No encontro de São Paulo, ocorrido ontem, participantes relataram que o diretor de política econômica do BC, Luiz Awazu Pereira da Silva, chegou a tecer comentários, reforçando a necessidade de vigilância do BC em relação à inflação.

Segundo profissionais, a sensação ao fim da reunião foi de que vai ser preciso rever para cima a expectativa de alta de 0,25 ponto percentual da Selic no encontro do Copom de junho, devido ao tom firme do diretor do BC.

Do lado fiscal, o plenário da Câmara dos Deputados deve votar às 16h a MP 668, que trata da tributação de importados. Também deve ser votado o Projeto de Lei 863/15, que reduz o benefício fiscal de desoneração da folha de pagamentos concedido a 56 segmentos econômicos. Já o Senado Federal deve votar as MPs 665 (que muda regras para benefícios trabalhistas) e 663, que concede créditos suplementares ao BNDES e à Finep - Estudos e Pesquisas.