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'Se alguém roubou, que pague', afirma Lula ao defender a Petrobras

03/07/2015 15h26


Atualizada às 14h30

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira as investigações na Petrobras e a punição de servidores que tenham de fato cometido irregularidades. O petista, no entanto, aproveitou plenária com a Federação Única dos Petroleiros (FUP), em Guararema (SP), para fazer uma defesa enfática da estatal.

Lula ressaltou que a Petrobras nos governos petistas aumentou de 2% para 13% sua participação no Produto Interno Bruto (PIB), além de ter duplicado o número de funcionários em 12 anos. "Aqui tem um brasileiro que não tem vergonha de dizer que tem orgulho da Petrobras", disse o ex-presidente, acrescentando que a estatal "não é só corrupção", mas uma empresa "respeitada mundialmente e muito importante".

"Se alguém roubou, que essa pessoa pague, e que os trabalhadores não sejam punidos. Que não sejam punidos aqueles que efetivamente são responsáveis pela construção dessa extraordinária empresa, motivo de orgulho para o nosso país", afirmou o petista sobre as investigações que envolvem a estatal, no âmbito da Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF).

Segundo Lula, a Petrobras é motivo de orgulho no mundo por sua capacidade de inovação e exploração, embora no Brasil estejam "deixando prevalecer um complexo de vira-lata". "Tenho orgulho de ter sido o presidente da República que mais visitou plataformas e tirou fotos com petroleiros, que fez a maior capitalização do mundo, na Petrobras, na Bolsa de Valores de São Paulo, e de ter participado da recuperação da indústria naval", disse o ex-presidente, recebido no evento com aplausos e gritos de "Lula, guerreiro do povo brasileiro".

Ao iniciar o discurso, o ex-presidente brincou que teria que ser cauteloso com suas declarações. "Vou ter que tomar cuidado para não falar nenhuma bobagem que, eventualmente, eu falo". No fim do mês passado, vazaram declarações do petista com críticas ao governo Dilma Rousseff e o PT.

Sobre as investigações da Lava-Jato, disse que há um vazamento seletivo, com o objetivo de prejudicar "alguém ou um partido".