Dilma: Não há espaço para aventuras antidemocráticas na América do Sul
No discurso de abertura da sessão plenária da Cúpula do Mercosul, realizada no Palácio do Itamaraty, a presidente Dilma Rousseff exaltou a consolidação da democracia nos países da região. Num cenário de crise política, em que parlamentares brasileiros aventam a possibilidade do seu afastamento do cargo - e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), declarou que fará oposição a Dilma -, a presidente afirmou que não há mais espaço na América do Sul para "aventuras antidemocráticas".
"Somos uma região que sofreu muito com as ditaduras no passado, hoje somos uma região onde a democracia floresce e amadurece", disse Dilma. Ela lembrou que no passado o Brasil e o Uruguai realizaram eleições gerais, e que este ano é a vez da Argentina e da Venezuela.
"A realização periódica e regular das eleições demonstra nossa capacidade de lidar com as diferenças políticas, com diálogo e respeito às instituições. Temos de persistir neste caminho, evitando atitudes que acirrem disputas e violência. Não há espaços para aventuras antidemocráticas na América do Sul", afirmou.
Dilma acrescentou que nos fóruns multilaterais, os países da América do Sul privilegiam a solução pacífica de controvérsias. Ela disse ainda que os países do bloco levaram a cabo políticas comuns na área de segurança cibernética e privacidade. "Não abrimos mão da segurança digital de nossos cidadãos".
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