ONS prevê queda de 3,3% do consumo de energia em agosto
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê que o consumo de energia no sistema nacional some 61.068 megawatts (MW) médios em agosto, com queda de 3,3%, ante igual período do ano passado, de acordo com relatório divulgado pelo órgão.
A previsão é fortemente influenciada pelas expectativas pessimistas de consumo nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul. Com relação ao primeiro subsistema, o ONS prevê uma retração de 5% do consumo de energia em agosto. Na mesma comparação, a estimativa é de uma queda de 4% do consumo de energia no Sul.
Com relação ao Norte e Nordeste, o operador prevê um aumento do consumo de energia de 1,5% e 1,2%, respectivamente, perante agosto de 2014.
Ainda de acordo com o relatório, o ONS ajustou a expectativa de volume de chuvas para agosto, passando de 22% acima da média para 1% acima da média para o período no subsistema Sudeste/Centro-Oeste, o principal do país.
O operador também prevê que as hidrelétricas das duas regiões registrem nível de armazenamento em seus reservatórios de 36,6% no fim de agosto.
Com relação ao Sul, a expectativa é de um estoque de 97,1% no último dia do próximo mês. No mesmo período, a previsão de armazenamento para as usinas do Nordeste é de apenas 18,5%, enquanto os reservatórios das hidrelétricas do Norte devem fechar agosto com 67,3% da capacidade de estoque.
O ONS também definiu o custo marginal de operação (CMO) médio para a próxima semana de R$ 111,57 por megawatt-hora (MWh) nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul e Norte.
Para o Nordeste, onde a situação é mais crítica, porém, o CMO médio foi fixado em R$ 251,18/MWh.
Matéria publicada hoje pelo Valor informou que analistas do setor elétrico já consideram a possibilidade de haver um pequeno alívio nas contas de luz neste ano, com a possível mudança de bandeira tarifária "vermelha" para "amarela", o que reduziria as tarifas em média em 6%.
Além disso, a reportagem mostra que o despacho das usinas térmicas, que produzem energia mais cara, registrou o menor nível desde janeiro de 2014. A previsão do ONS é que a geração termelétrica tenha ficado em 11 gigawatts (GW) médios, contra 17 GW médios em junho.
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