Inflação da terceira idade fica próxima de 10% em 12 meses

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i) ficou em 2,72% no primeiro trimestre de 2016, após marcar 2,87% nos três meses finais de 2015, informa a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Em 12 meses, o índice que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade teve alta de 9,60%, No período, a inflação dos idosos foi mais alta que a média, de 9,37%, medida pelo IPC-BR.

Do quarto trimestre de 2015 para o primeiro trimestre de 2016, três das oito classes de despesa componentes do índice registraram altas mais modestas. A principal contribuição partiu de Transportes, que deixou elevação de 4,52% para 2,87%, graças à desaceleração no item gasolina, cujo avanço saiu de 9,78% para 2,55%.

Também houve uma suavização no aumento das despesas com Habitação (1,75% para 1,50%) e Vestuário (1,99% para 0,27%) por causa da tarifa de eletricidade residencial (3,81% para -3,08%) e das roupas (2,22% para 0,30%), respectivamente.

Em contrapartida, subiram mais Despesas diversas (0,49% para 3,87%), Educação, leitura e recreação (2,51% para 3,63%), Saúde e cuidados pessoais (1,95% para 2,03%) e Comunicação (1,08% para 2,01%), puxados por cigarros (0,01% para 8,08%), cursos formais (0,00% para 9,41%), plano e seguro de saúde (3,09% para 3,15%) e mensalidade para TV por assinatura (1,38% para 5,23%), nesta ordem.

O grupo Alimentação repetiu a taxa de variação registrada no último trimestre, de 5,37% de alta. "As principais influências em sentido ascendente e descendente partiram dos itens: frutas (12,63% para 16,60%) e hortaliças e legumes (20,81% para 17,38%), respectivamente", destacou a FGV em nota.