Jovem e afrodescendente, classe C tem 32% de mulheres chefe de família
Menina dos olhas do mercado, a nova classe C já representa cerca de metade da população no Brasil (47%). É predominantemente jovem, composta em sua maioria por afrodescendentes e tem na mulher maior poder de decisão.
Os dados fazem parte de uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (5) pelo Ibope. O instituto ouviu, ao longo de 2009, 20 mil pessoas em nove regiões metropolitanas do país, além do interior das regiões Sul e Sudeste. De acordo com o estudo, a classe C é composta por 32 milhões de pessoas nas áreas pesquisadas.
O Ibope classifica a população entre classes segundo a posse de bens, e não de acordo com a renda. Segundo o estudo, a maior parte da classe C possui renda familiar entre R$ 600 e R$ 2099.
Os resultados da pesquisa apontam que 32% das famílias da classe C são chefiadas por mulheres contra 25% nas classes A e B.
“É uma classe que está emergindo e tem suas vontades de compra cada vez maior”, diz Dora Câmara, diretora comercial do Ibope Mídia.
Segundo os dados, em 2009, cerca de 53% da classe C possuía cartão de crédito contra 45% em 2005. Apesar do aumento do poder de compra dessa faixa da população, ela prefere fazer comprar nas ruas a ir aos shoppings.
Dos entrevistados, 39% declararam não saber nada sobre finanças e investimentos e 61% disseram que não gostam de ter dívidas.
A perspectiva de consumo entre a classe C é alta: 19% disseram que planejavam comprar um imóvel nos próximos doze meses e quase 30% afirmaram que queriam comprar um carro (novo ou usado).
No que diz respeito à saúde, os integrantes da classe C têm menos problemas de peso em relação aos da classe A e B (27% contra 31%).