Lagarta que já causou prejuízo bilionário no país é identificada em SP
A Secretaria de Agricultura de São Paulo divulgou nesta quinta-feira (27) a confirmação da ocorrência da lagarta Helicoverpa armigera em quatro regiões do Estado.
A informação é resultado de análises realizadas pelo Instituto Biológico em amostras coletadas em fevereiro, nas regiões de Avaré, Assis, São José do Rio Preto e Araraquara.
A praga vem causando estrago em diversas regiões do país, principalmente em lavouras de algodão, soja e milho.
No oeste da Bahia, são estimados R$ 2 bilhões em perdas apenas em plantações de algodão. Em Mato Grosso, o Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária) calcula que a lagarta tenha provocado prejuízo de R$ 1 bilhão na produção de soja.
A expedição técnica, realizada pela secretaria em parceria com o Ministério da Agricultura, coletou 39 amostras, com cerca de 470 insetos adultos.
A análise confirmou a Helicoverpa em 36 das amostras, em culturas de soja (nos municípios de Paranapanema, Maracaí, Cruzália, Pedrinhas, Palmital, Cândido Mota, Icém, Palestina, Adolfo, Matão, Araraquara); milho (em Itaí, Icém, Araraquara, São Carlos); algodão (Itaí); amendoim e cana (Mirassol); hortaliças e citros (Icém, Trabiju); e também em pasto (São Carlos, Trabiju).
De acordo com a secretaria, as lavouras visitadas não apresentavam perdas significativas decorrentes do ataque da praga, mas os proprietários teriam apontado aumento nos custos de produção em razão do combate à lagarta.
Nesta quinta-feira, o Ministério da Agricultura declarou estado de emergência fitossanitária em Alagoas, por conta do risco de surto de Helicoverpa armigera.
Com a declaração, que tem duração de um ano, os produtores de Alagoas poderão adotar medidas como a importação de agrotóxicos contra a lagarta ainda não liberados no país.
O estado de emergência fitossanitário contra a praga já foi decretado em áreas da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Piauí.
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