O brasileiro usa a Black Friday para agradar quem mais importa: ele mesmo
De origem tão exótica quanto um jogo de beisebol, a Black Friday foi abraçada pelo brasileiro na última década e seu ticket médio de compras no varejo por causa das promoções supera o do dia das Mães, dos Pais e dos Namorados.
De acordo com pesquisa feita pela empresa de inteligência de mercado Hibou, o ticket médio na Black Friday de 2024 é o maior entre as datas varejistas até o momento, com a maioria dos consumidores prevendo gastos entre R$ 500 e 1.000.
O levantamento, que ouviu 1.200 consumidores, traz alguns dados que podem ser considerados contraintuitivos em relação à sabedoria convencional sobre as vendas em novembro.
O primeiro mito é que os consumidores aproveitam a data em novembro para antecipar compras de Natal. Só 14% dizem fazer isso.
O grosso mesmo dos entrevistados (92%) compra para si mesmo na Black Friday. Filhos e netos representam 17% dos beneficiados pelas compras, seguidos por pais e mães com 9%.
Os dados do destino das compras (si mesmo) e o preço dos produtos, juntos, ajudam a explicar o ticket médio mais alto do que em relação a outros momentos do ano quando é momento de presentear familiares.
"A Black Friday é, digamos assim, um pouco mais egoísta num sentido de autocuidado em que as pessoas tentam adquirir produtos desejados com bons descontos, em vez de ser uma data para presentear alguém", explica Lígia Mello, fundadora da Hibou.
PARA ONDE VAI O DINHEIRO:
- 40% dos entrevistados pretendem comprar eletrodomésticos, consolidando essa categoria como a mais desejada. Segundo o levantamento, itens como geladeira, máquina de lavar roupa, microondas e air fryer estão entre os produtos específicos mais mencionados.
- 36% dos brasileiros indicaram a intenção de comprar roupas na Black Friday.
- Eletrônicos (30%): Smartphones, Smart TVs e notebooks estão entre os produtos mais procurados.
- Perfumes e Cosméticos (26%)
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