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João Branco

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Vencemos dois anos de pandemia, e agora?

Colunista do UOL

18/03/2022 04h00

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Bodas de algodão. É assim que chamamos o aniversário de dois anos de casamento. Essa semana estamos celebrando esse tempo de união "instável" com ela, a covid-19.

Vinte e quatro meses é muito tempo. Tempo suficiente, por exemplo, para passar por 2 gestações completas, estudar e se formar como técnico de enfermagem ou até aprender a programar computador. Ao extremo, há ratos e aranhas que nasceram e morreram sem conhecer um mundo sem pandemia. Assim como há crianças que ainda não sabem que existe cinema, restaurantes que abriram e nunca tiveram seus salões cheios de clientes e pessoas que já não se lembram mais como era pegar um trânsito pesado todos os dias no caminho para o trabalho. Ainda que na sua região ou na sua atividade o impacto tenha sido menor, de alguma forma todos fomos impactados pelas mudanças que aconteceram no mundo.

Você se lembra do dia em que a pandemia "chegou"? De quando ouviu pela primeira vez que os shoppings fechariam as portas? Da primeira pessoa perto de você que se infectou? Do período de quarentena mais restrita que vivemos? Das muitas perdas que assistimos? Dos sentimentos que nos envolveram ao longo desses anos? Esse aniversário vem carregado de memórias e emoções. Muitas tristes, outras de superação. Mas é impossível não admitir que a gente "se virou" para seguir em frente. Passamos por uma montanha russa tão violenta que descobrimos um novo "modo sobrevivência" que nem sabíamos que tínhamos em nossa programação.

E para você, qual é o balanço desse biênio? O que mudou para melhor ou para pior? O que está diferente em seus negócios? Foram dois anos perdidos ou dois anos de preparação para algo que ainda vem por aí?

Nas comemorações de aniversário de casamento, esse seria um momento para reafirmar nossas intenções e replanejar o futuro. Nesse caso, talvez o nosso mais sincero desejo seria o de nos livrarmos logo desse vírus chato. Mas, ao que tudo indica, isso não vai acontecer tão cedo. O "bode" vai ficar na sala e vamos ter que aprender a conviver com ele.

O melhor a fazer nessas situações é imitar o GPS. Quando você está seguindo um caminho pelo Waze e aparece um imprevisto, ele não fica lamentando ou relembrando como era bom o plano anterior. Ele simplesmente recalcula a rota. Nossa nova realidade é essa. Cabe a nós lidar com ela da melhor forma.

Vencemos os primeiros dois anos. Seguimos em frente!

trofeu - Felipe Tomazelli - Felipe Tomazelli
Imagem: Felipe Tomazelli