Katherine Rivas

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Reportagem

Quanto rendem R$ 1.000 e R$ 5.000 nas ações que mais pagaram no 1° tri

O primeiro trimestre de 2024 se caracterizou pela bonança no pagamento de proventos na Bolsa brasileira. Companhias que divulgaram seus balanços de 2023 usaram os lucros acumulados do ano passado para remunerar acionistas.

Segundo levantamento da plataforma Meu Dividendo- que faz antecipação de proventos- as empresas brasileiras pagaram R$ 76,68 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) de janeiro a março de 2024. O montante é superior ao distribuído no 1° trimestre de 2023, quando chegou a R$ 51,34 bilhões.

O salto nos pagamentos foi de 49%. E foi recorde histórico considerando o 1° trimestre de anos passados. O prazo médio entre o anúncio e o pagamento efetivo dos proventos foi de 41 dias para o trimestre.

8 companhias concentram 84% dos proventos

Se destacando no mercado, oito companhias concentraram 84% dos valores pagos no 1° trimestre. Mesmo diante das controvérsias com o pagamento de dividendos extraordinários, a Petrobras liderou as distribuições, com R$ 17,89 bilhões pagos, aumento de 28% comparado ao 1° trimestre de 2023, quando a petroleira pagou R$ 13,94 bilhões.

Completando o pódio figuram Itaú (ITUB4) e Vale (VALE3), que remuneraram os acionistas com R$ 16,62 bilhões e R$ 12,43 bilhões, respectivamente.
Tanto Itaú quanto Itaúsa - holding que investe no banco - tiveram um crescimento de 204% e 235% em comparação aos valores distribuídos no 1° trimestre de 2023.

Confira abaixo as 10 maiores pagadoras de dividendos do 1° trimestre, por volume total distribuído:

  1. Petrobras (PETR4) - R$ 17,89 bilhões, R$ 1,37 por ação
  2. Itaú (ITUB4) - R$ 16,62 bilhões, R$ 1,69 por ação
  3. Vale (VALE3) - R$ 12,43 bilhões, R$ 2,74 por ação
  4. Itaúsa (ITSA4)- R$ 6,47 bilhões, R$ 0,62 por ação
  5. Banco do Brasil (BBAS3) - R$ 3,61 bilhões, R$ 1,26 por ação
  6. Banco Santander (SANB11) - R$ 3,02 bilhões, R$ 0,81 por ação
  7. BB Seguridade (BBSE3) - R$ 2,52 bilhões, R$ 1,26 por ação
  8. Weg (WEGE3) - R$ 1,80 bilhão, R$ 0,43 por ação
  9. Bradesco (BBDC4) - R$ 1,67 bilhão, R$ 0,23 por ação
  10. Suzano (SUZB3) - R$1,58 bilhão, R$ 1,16 por ação

Fonte: Meu Dividendo
As 8 primeiras companhias - de Petrobras até Weg - concentram 84% dos proventos pagos da bolsa

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Quanto rendem R$ 1.000 e R$ 5.000 nas maiores pagadoras do 1° trimestre?

Simulação exclusiva de Felipe Pontes, cofundador da L4 Capital, para a coluna apresenta quanto renderam R$ 1.000 e R$ 5.000 nos últimos 12 meses e em cinco anos em dividendos e em capital acumulado. O capital acumulado é a soma dos dividendos mais ganho de capital com a valorização da ação na Bolsa. O levantamento não considera o reinvestimento dos proventos, ou seja o investidor recebeu e gastou o dinheiro que recebeu.

Na Petrobras, por exemplo, R$ 1.000 investidos nas ações PETR4 proporcionaram dividendos de R$ 302 nos últimos 12 meses. Já o capital acumulado do investidor foi para R$ 2.075,90.

Com R$ 5.000 investidos nos papéis da petrolífera, o retorno com dividendos foi de R$ 1.510. Já o patrimônio final do investidor saltou para R$ 10.379,50 considerando valorização, proventos e o aporte inicial de R$ 5.000.

No banco Itaú, que surpreendeu positivamente o mercado, o retorno em dividendos com R$ 1000 investidos foi de R$ 96,70. Já R$ 5000 alocados tiveram como resultado R$ 483,50 em proventos.

Quanto renderam R$ 1.000 e R$ 5.000 em 12 meses?

Qual foi o retorno total e com dividendos nos últimos 12 meses

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  • Petrobras (PETR4): 107,59%; 30,20%
  • Itaú Unibanco (ITUB4): 46,45%; 9,67%
  • Vale (VALE3): -8,97%; 9,11%
  • Itaúsa (ITSA4): 43,27%; 11,12%
  • Banco do Brasil (BBAS3): 62,70%; 11,92%
  • Santander (SANB11): 15,26%; 6,22%
  • BB Seguridade (BBSE3): 6,40%; 8,43%
  • Weg (WEGE3): 0,82%; 1,79%
  • Bradesco (BBDC4): 20,07%; 8,55%
  • Suzano (SUZB3): 58,73%; 2,88%
Quanto renderam R$ 1.000 e R$ 5.000 em 12 meses?

E em cinco anos? Quanto essas ações pagaram e renderam?

Qual foi o retorno total e com dividendos nos últimos 5 anos

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  • Petrobras (PETR4): 270,14%; 104,54%
  • Itaú Unibanco (ITUB4): 47,78%; 24,25%
  • Vale (VALE3): 84,36%; 65,29%
  • Itaúsa (ITSA4): 36,49%; 27,17%
  • Banco do Brasil (BBAS3): 73,28%; 31,60%
  • Santander (SANB11): -13,56%; 24%
  • BB Seguridade (BBSE3): 75,24%; 40,28%
  • Weg (WEGE3): 337,74%; 23,81%
  • Bradesco (BBDC4): -30,70%; 18,79%
  • Suzano (SUZB3): 51,34%; 10,44%

Quanto renderam R$ 1.000 e R$ 5.000 em 5 anos?

Em um período de cinco anos, um investidor que tivesse aportado R$ 1.000 nas ações da Vale teria recebido R$ 652,90 em dividendos. Já com um investimento de R$ 5.000, o resultado seria proventos de R$ 3.264,50.

Embora o Itaú pagou mais proventos do que a Vale no volume total, no dividend yield a mineradora ainda supera o banco, motivo pelo qual os dividendos recebidos no Itaú foram mais modestos. Para R$ 1000, o banco entregou R$ 242,50 em proventos e no aporte de R$ 5.000 foram R$ 1.212,50. Veja abaixo:

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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