Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Avião dos EUA que comanda ataque nuclear: conheça aeronave que foi à Europa
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Um E-6B Mercury dos Estados Unidos pousou esta semana na Islândia. O avião militar tem capacidade para ser usado como um posto de comando aéreo que coordena ataques nucleares.
Sua presença a cerca de 2.000 km da Rússia em meio à guerra na Ucrânia causa tensão. Segundo o governo norte-americano, o avião realizava operações em sua área de atuação, e a tripulação se encontrou com o embaixador do país na Islândia, Carrin Patman,
O que o Mercury faz?
Esses aviões desempenham um papel crucial na estratégia militar dos Estados Unidos. Eles são responsáveis por receber, verificar e retransmitir mensagens que orientam as forças nucleares em ataques contra inimigos durante conflitos armados.
Os E-6B são a principal conexão entre as autoridades daquele país e a chamada tríade nuclear, que é composta por:
- Mísseis balísticos intercontinentais disparados do solo
- Bombardeiros aéreos estratégicos
- Mísseis balísticos disparados de submarinos
Eles também auxiliam o comando militar estratégico dos EUA a identificar e planejar quais serão os alvos das armas disparadas.
Avião não atua sozinho
O E-6B Mercury, não é utilizado para o disparo de armamentos nucleares em si. Ele é parte de uma rede de comunicação estratégica dos Estados Unidos em caso de guerra. Serve como reserva caso os sistemas de acionamento da tríade nuclear em terra tenham sido destruídos ou caso seja necessário ampliar o alcance desses comandos para locais distantes, como é o caso dos submarinos que ficam longe da porção continental dos EUA.
Além disso, o Mercury mantém conexão direta com o avião presidencial norte-americano. Ele também pode ser ligado ao avião do Juízo Final, uma aeronave que serve como posto de comando avançado em caso de guerra.
No ar por vários dias
O E-6B Mercury pode ficar no ar por até 72 horas. Para isso, ele precisa ser reabastecido em voo e passa por processos de manutenção diários para garantir a segurança.
Cada missão conta com cerca de 20 a 22 pessoas a bordo. No geral, seis compõem a equipe de voo e outros 14 formam o time responsável pelas operações de ataque.
O Mercury é uma versão militarizada do avião civil Boeing 707. Os assentos configurados para os passageiros foram removidos e passaram a dar espaço a várias antenas (incluindo do lado de fora) e equipamentos de comunicação.
Quando estão em guerra, são denominados "mission looking glass" (missão espelho). Esse nome tem origem nos anos 1960, e remonta à sua capacidade de repetir os comandos dados em terra para os ataques realizados.
Ficha técnica
E-6B Mercury
Modelo base: Boeing 707
Primeiro voo: Outubro de 1998
Preço unitário: US$ 141,7 milhões (R$ 737,1 milhões)
Comprimento: 45,8 metros
Altura: 12,9 metros
Envergadura (distância de ponta a ponta da asa): 45,2 metros
Peso máximo de decolagem: 154 toneladas
Tripulação: 20 a 22 militares a bordo
Velocidade: Até cerca de 980 km/h
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.