Todos a Bordo

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Reportagem

Grana curta? Quais aviões mais baratos para comprar com 'pouco' dinheiro?

O sonho de fugir das filas dos aeroportos e voar em um avião próprio é realidade para poucas pessoas. Dependendo do gosto, e do orçamento, até é possível ter uma aeronave própria.

Só que, mais do que o valor unitário, é preciso levar em consideração custos com manutenção, aluguel do hangar onde o avião ficará parado no aeroporto, gastos mensais, funcionários, combustível, taxas de importação, entre outros.

Veja a seguir uma seleção de alguns aviões com preço relativamente baixo em comparação com aviões comerciais de grande porte, que ultrapassam a marca de US$ 100 milhões (R$ 509 milhões).

Modelos usados são mais baratos

Um modelo usado não significa que ele será ruim. Aeronaves passam por rígidos programas de inspeção e manutenção para garantir que estejam sempre prontas para voar.

Entre os modelos mais baratos, temos aviões a pistão. No geral, eles possuem velocidades menores, além de transportar menos pessoas a bordo. Além disso, os preços variam até mesmo entre um mesmo modelo, dependendo do uso, quantidade de horas voadas, revisões, entre outros fatores.

O valor das aeronaves usadas depende de diversos fatores, como idade, ciclos de manutenção, entre outros. Os valores podem oscilar amplamente dependendo das condições em que são encontradas.

Inpaer Excel - Cerca de R$ 350 mil

Inpaer Excel: Avião nacional é um dos mais baratos para ser comprado e tem alcance de até 1.495 km de distância
Inpaer Excel: Avião nacional é um dos mais baratos para ser comprado e tem alcance de até 1.495 km de distância Imagem: Reprodução/Inpaer
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O modelo da fabricante nacional Inpaer tem capacidade para transportar até três pessoas e atinge uma velocidade de 260 km/h. Seu alcance é de 1.495 km de distância, e pode voar até cerca de 5 horas e 40 minutos.

Cessna 150 - Cerca de US$ 40 mil (R$ 200 mil)

Cessna 150 durante pouso no aeroporto internacional James M. Cox, em Dayton, no estado de Ohio (EUA)
Cessna 150 durante pouso no aeroporto internacional James M. Cox, em Dayton, no estado de Ohio (EUA) Imagem: Daniel Betts/Wikimedia Commons

O Cessna 150 é um modelo da fabricante norte-americana produzido até a década de 1970. Ele transporta até duas pessoas a bordo, e chega a 200 km/h.

Jatos novos

Quem preferir comprar um jato executivo novo, também tem alternativas, incluindo modelo brasileiro da Embraer.

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SF50 - US$ 3,5 milhões (R$ 18 milhões)

Interior do Cirrus Vision Jet: Aeronave pode ser configurada na modalidade executiva, para trabalhar a bordo
Interior do Cirrus Vision Jet: Aeronave pode ser configurada na modalidade executiva, para trabalhar a bordo Imagem: Cirrus Aircraft

O Cirrus Vision Jet SF50 é considerado o jato executivo monomotor mais barato do mundo hoje em dia. O modelo conta com paraquedas para o avião em caso de falhas e ainda pode pousar sozinho usando um sistema de inteligência artificial caso o piloto fique incapacitado.

Comporta até sete pessoas a bordo (incluindo o piloto). Voa a 576 km/h e atinge uma distância de até 2.300 km.

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Phenom 100EV - US$ 5,495 milhões (R$ 28,3 milhões)

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Phenom 100 é certificado para operação com apenas um piloto
Phenom 100 é certificado para operação com apenas um piloto Imagem: Embraer

O jato executivo brasileiro mais barato é o Phenom 100EV. Fabricado pela Embraer, o modelo pode levar até oito pessoas a bordo (incluindo o piloto).

O Phenom 100EV voa até 2.181 km de distância sem parar para reabastecer e atinge uma velocidade de cruzeiro de 752 km/h.

HondaJet Elite II - US$ 6,95 milhões (R$ 35,4 milhões)

Cabine de comando do Hondajet Elite II: avião custa a partir de US$ 6,95 milhões
Cabine de comando do Hondajet Elite II: avião custa a partir de US$ 6,95 milhões Imagem: Alexandre Saconi

O HondaJet é fabricado pela japonesa Honda Aircraft. O ator Tom Cruise é dono de um avião da mesma família.

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Seu alcance é de até 2.865 km, com uma velocidade máxima de 782 km/h e capacidade para até sete passageiros.

Dá para compartilhar também

Compartilhamento pode ser solução. Quem não tem tanto dinheiro para comprar um avião novo, pode optar por adquirir em conjunto ou por meio de empresas de propriedade compartilhada.

Dividir depende de diálogo feito anteriormente. Como os aviões passam grande parte do tempo sem voar, dá para agendar com antecedência sua utilização para facilitar que todos os proprietários possam usufruir da aeronave.

É o caso do Phenom 100, um dos modelos oferecidos pela empresa Prime You. Ao todo, três cotistas dividem a propriedade da aeronave, que tem cada cota avaliada em cerca de US$ 1,1 milhão (R$ 5,6 milhões).

A cota do Hawker 400 na Solojet pode custar entre US$ 600 mil (R$ 3,1 milhões) e US$ 750 mil (R$ 3,9 milhões). O avião, mesmo modelo do jogador Hulk, pode ser dividido entre até quatro proprietários. Com capacidade para até oito passageiros, o modelo tem autonomia de 2.500 km, e atinge até 800 km/h.

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Avião Hawker 400XP da Solojet Aviação
Avião Hawker 400XP da Solojet Aviação Imagem: Divulgação/Solojet

Cada cota permite uma quantidade determinada de horas a serem voadas por mês. Ainda é preciso arcar com custos fixos mensais e custos variáveis, que oscilam de acordo com a quantidade de horas voadas.

Mais barato é melhor?

Nem sempre o mais barato é o melhor para quem vai comprar. Pode ser que um avião mais em conta não atenda à demanda daquele proprietário.

Capacidade deve ser levada em consideração. Um avião com menos lugares tende a custar menos que um com mais assentos, mas isso não significa que ele poderá, por exemplo, viajar com toda sua família.

Mesmo com quantidade de passageiros idêntica, outros fatores devem ser levados em conta. Por exemplo, a velocidade e a autonomia. Um avião a jato voa mais rápido que um a pistão, e pode atingir distâncias bem maiores em um tempo menor.

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Tipo de uso também deve ser levado em consideração. Alguns jatos não conseguem pousar em terrenos menos preparados, como pistas de terra. Por isso, sempre é preciso pensar qual a necessidade de cada um antes de comprar um avião.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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