Todos a Bordo

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Favorito dos milionários, 'Ubercóptero' faz um ano de operação em SP; veja

Em agosto de 2024, a plataforma digital de agendamento de voos de helicóptero Revo completou um ano de operação no Brasil. Pertencente ao grupo português OHI (Omni Helicopters International), a empresa realizou cerca de 1.000 voos, levando aproximadamente 4.500 passageiros no período.

'Ubercoptero'

Diferentemente de um táxi-aéreo convencional, a Revo se assemelha mais com uma plataforma de transporte urbano como a Uber. Por meio de um aplicativo (ou com o serviço de concierge da empresa), o passageiro escolhe em qual dos voos oferecidos pela empresa irá embarcar.

A plataforma tem foco em milionários, mas também é utilizada por empresas para transporte de seus executivos em viagens.

Aplicativo da Revo, plataforma utilizada para voos de helicóptero em rotas preestabelecidas
Aplicativo da Revo, plataforma utilizada para voos de helicóptero em rotas preestabelecidas Imagem: Divulgação/Revo

São oferecidos diversas rotas e horários preestabelecidos. Uma das bases é um heliponto na região da avenida Faria Lima, na capital paulista, que tem entre os destinos o aeroporto de Guarulhos e o bairro de Alphaville, em Santana de Parnaíba (SP).

Um heliponto no bairro Cidade Jardim, também em São Paulo, conecta a região à Fazenda Boa Vista, condomínio de luxo na cidade de Porto Feliz (SP). Devido ao sucesso nos primeiros meses de operação, a empresa abriu novas rotas, aumentando sua capacidade, e, hoje, são cerca de 145 operações semanais.

Veja as rotas e frequências atuais da empresa:

  • 17 voos diários (segunda a sexta) entre São Paulo e o aeroporto de Guarulhos;
  • 10 voos semanais entre São Paulo e a Fazenda Boa Vista;
  • 5 voos diários (segunda a sexta) entre São Paulo e Alphaville;
  • 5 voos diários (segunda a sexta) entre Alphaville e Guarulhos.

A empresa ainda oferece rotas entre São Paulo e as praias de Juquehy, em São Sebastião (SP) e Ilhabela (SP) de forma regular durante o verão.

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Além das rotas fixas, a empresa permite que sejam reservados voos privados sob demanda entre São Paulo e regiões próximas, como a região do interior, litoral e cidades vizinhas, segundo a disponibilidade das aeronaves.

As reservas devem ser feitas com antecedência mínima de 24 horas.

Helicópteros de luxo

Helicóptero da Revo, plataforma de mobilidade urbana
Helicóptero da Revo, plataforma de mobilidade urbana Imagem: Alexandre Saconi

A empresa oferece voos em aeronaves Airbus H135 e H155. Com configuração VIP, cada uma consegue transportar cinco e oito passageiros, respectivamente.

Antes de embarcar, todos os viajantes precisam passar por uma instrução de segurança. É o mesmo que ocorre em voos comerciais, com a diferença que o embarque é acompanhado da sala de espera nos locais de pouso até a porta da aeronave.

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Esses helicópteros são operados pela empresa Omni Táxi Aéreo, que também pertence ao grupo OHI. Ela é responsável pelos serviços de manutenção e procedimentos de segurança da Revo.

A companhia tem operações no setor aeromédico e offshore, de transporte para plataformas e navios em alto mar, geralmente ligados à Indústria de petróleo e gás. Em 2023, a Omni realizava mais de 1.500 voos semanais, e já está no Brasil há mais de 20 anos.

As aeronaves da Revo são bimotores, garantindo maior segurança. A forma que a empresa foi constituída faz com que ela passe por auditorias frequentes, tantos dos órgãos de voo quanto dos possíveis clientes. Isso é fundamental para empresas de grande porte, que precisam garantir que seus executivos viajem de maneira segura e sem maiores riscos de acidente.

Quanto custa?

Helicóptero da Revo durante operação no aeroporto de Guarulhos: Rota com ligação até a região da Faria Lima, em São Paulo, custa a partir de R$ 2.500
Helicóptero da Revo durante operação no aeroporto de Guarulhos: Rota com ligação até a região da Faria Lima, em São Paulo, custa a partir de R$ 2.500 Imagem: Divulgação

O preço dos voos oscila conforme a demanda, horário e rota. A rota entre São Paulo e o aeroporto de Guarulhos custa a partir de R$ 2.500, o mesmo valor para voos entre o aeroporto ou a região da Faria Lima até Alphaville.

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Já a conexão entre o bairro Cidade Jardim e a Fazenda Boa Vista, no interior de São Paulo, custa a partir de R$ 5.000 por passageiro.

As rotas sazonais de verão, com destino às praias de Juquehy (São Sebastião) e Ilhabela, ambas no litoral norte, custam entre R$ 5.500 e R$ 8.500 por assento. Esse valor depende da quantidade de passageiros, sendo necessário haver ao menos duas reservas por voo.

Experiência de voo

Bairro dos Jardins, em São Paulo: Vista a partir de voo de helicóptero da Revo
Bairro dos Jardins, em São Paulo: Vista a partir de voo de helicóptero da Revo Imagem: Alexandre Saconi

O UOL realizou um voo em um dos serviços oferecidos pela Revo. Uma rota entre a região da avenida Faria Lima, centro empresarial em São Paulo, e o aeroporto de Guarulhos (SP) dura cerca de 10 minutos de helicóptero, frente às cerca de duas horas e meia de carro dependendo do dia e do horário em que o trajeto será feito.

Bagagens costumam viajar antes por via terrestre. Elas são buscadas por uma equipe da empresa no endereço do passageiro, que apenas precisará embarcar no helicóptero no momento do voo sem se preocupar com os seus pertences.

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Sala de espera da Revo em prédio na região da Avenida Faria Lima, em São Paulo
Sala de espera da Revo em prédio na região da Avenida Faria Lima, em São Paulo Imagem: Alexandre Saconi

Nesse momento, o viajante é levado em carros de luxo até o local de onde irá decolar. Se a viagem é feita para pegar um voo em Guarulhos, é possível que o passageiro seja levado por fora do aeroporto até o terminal de embarque para passar pelos aparelhos de raio-X e pelos trâmites de migração.

Como o desembarque do helicóptero é feito dentro do terminal aeroportuário, ainda há a possibilidade de que o passageiro siga diretamente para o portão de embarque. A escolha sempre dependerá do que for melhor para quem vai viajar.

Um ano de Revo

João Welsh, presidente-executivo (ou CEO, Chief Executive Officer, na sigla em inglês) da Revo, diz que o primeiro ano da empresa foi de aprendizagem. "Esse primeiro ano foi extremamente positivo. Podemos destacar dois desses pontos: o mais importante de todos é do lado da aprendizagem. Aquilo que conseguimos coletar, aprender e evoluir no negócio nos últimos doze meses foi acima das nossas expectativas, e temos tido uma resposta muito valiosa dos nossos clientes", diz Welsh.

O executivo também elogiou a equipe selecionada para trabalhar na empresa em todos os níveis, o que, segundo ele, tem garantido esse retorno positivo.

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João Welsh, presidente-executivo da Revo, durante voo da empresa em São Paulo
João Welsh, presidente-executivo da Revo, durante voo da empresa em São Paulo Imagem: Alexandre Saconi

"Desde o início de 2024 começamos a ver taxas de crescimento acima dos 100%, além de um salto muito grande que o negócio deu desde o início deste ano até o momento em que nós estamos agora. Por esse motivo aceleramos a vinda de uma terceira aeronave, para garantir que nós temos a capacidade instalada necessária para atender a demanda e a qualidade do serviço esperado pelos nossos clientes", afirma o presidente da Revo.

Os horários dos voos também precisaram ser analisadas com atenção nesse primeiro ano. Isso foi possível de acordo com diálogo estabelecido com os clientes, que forneceram informações para realizar os ajustes necessários, além de observar as limitações da cidade de São Paulo, como o trânsito e dificuldades de deslocamento. "O nosso objetivo é remover o estresse do dia-a-dia do cliente", diz Welsh, afirmando que a empresa está revendo diversos de seus processos para conseguir atender melhor os usuários.

Entre eles, além do ajuste dos melhores horários das rotas, está a experiência antes e depois do voo, os itens colocados nas salas Vip onde os passageiros aguardam o embarque, entre outros.

Welsh ainda destaca que a empresa já realiza estudos para a implementação de novas rotas até o fim de 2024 e a entrada no mercado dos carros voadores, tecnicamente chamados de eVTOL (electric Vertical Takeoff and Landing, ou, Aeronave de Decolagem e Aterrissagem Vertical Elétrica).

Raio-X do primeiro ano

Helicóptero da Revo em heliponto na região da Faria Lima, em São Paulo
Helicóptero da Revo em heliponto na região da Faria Lima, em São Paulo Imagem: Alexandre Saconi
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Empresa: Revo
Início das operações: Agosto de 2023
Voos realizados: Cerca de 1.000 voos tripulados
Passageiros transportados: Aproximadamente 4.500
Rotas: Quatro fixas, além de duas sazonais
Voos semanais: 145 operações
Frota: Helicópteros H135 e dois H155 (o segundo será incorporado à frota no fim do mês de setembro)

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