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Dólar sobe pelo 4º dia seguido e atinge R$ 2,339, mesmo após ação do BC

Do UOL, em São Paulo

15/08/2013 17h14Atualizada em 15/08/2013 18h32

dólar comercial fechou em alta de 0,58%, a R$ 2,339 na venda nesta quinta-feira (15), no maior valor em quase quatro anos e meio. No auge da crise econômica, em 11 de março de 2009, o dólar chegou a valer R$ 2,351.

Esta já é a quarta alta seguida do dólar. Só nesta semana, a moeda acumula valorização de 2,84%. No ano, o ganho já chega a 14,18%.

A cotação subiu mesmo após uma ação do Banco Central, que realizou um leilão equivalente à venda de dólares no futuro, numa tentativa de forçar uma baixa para o dólar. A operação movimentou o equivalente a US$ 1,983 bilhão.

Durante o pregão, no entanto, a moeda norte-americana chegou a bater na máxima de R$ 2,352, nível que também não era atingido em mais de quatro anos.

O volume de negócios no dia foi pequeno, em torno de US$ 1,2 bilhão, segundo a BM&F.

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Investidores temem fim de estímulo do BC dos EUA

Segundo operadores, o dólar teve alta porque os investidores estavam preocupados com os dados positivos sobre a economia dos Estados Unidos.

O número de norte-americanos que solicitaram novos pedidos de auxílio-desemprego caiu para o menor nível em quase seis anos na semana passada, indicando aceleração no crescimento no mercado de trabalho no início de agosto.

Além disso, o Índice de Preço ao Consumidor norte-americano subiu 0,2% e, em 12 meses até julho, avançou 2%. O movimento da inflação na direção da meta de 2% do Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, pode oferecer algum conforto às autoridades, que têm alertado sobre os potenciais perigos de uma inflação muito baixa.

Esses dados positivos reforçaram a tese de que a maior economia do mundo está se recuperando e acendem um alerta para os investidores, porque devem impactar nas decisões do banco central norte-americano.

Atualmente, o Fed injeta US$ 85 bilhões nos mercados todos os meses por meio de um programa de compra de títulos, o que garante uma alta circulação de dólares no mundo.

Várias autoridades do banco central, no entanto, já deram sinais de que o estímulo pode ser reduzido em breve, uma vez que a economia dos EUA tem se recuperado da crise de forma mais consistente.

Essa possibilidade preocupa os investidores brasileiros, por causa da perspectiva de menos dólares em circulação no mercado.

Além disso, os Estados Unidos são considerados um destino seguro para os investimentos, e há a tendência de que os investidores voltem a investir lá assim que a economia se fortalecer.

(Com Reuters)