Dólar cai 2,45%, maior queda diária em mais de um ano, e vai a R$ 2,408
O dólar comercial fechou esta quinta-feira (30) em queda de 2,45%, cotado a R$ 2,408 na venda. Foi o terceiro recuo seguido e a maior queda percentual diária em mais de um ano, desde 18 de setembro de 2013, quando a moeda norte-americana havia perdido 2,89%. É também o menor valor de fechamento desde o dia 14, quando a moeda encerrou o dia valendo R$ 2,401.
Na véspera, o dólar havia caído 0,23%. Apenas nas últimas três sessões, acumula desvalorização de 4,56%.
Os investidores ficaram otimistas com a alta da taxa básica de juros (Selic). O Comitê de Política Monetária (Copom), do BC, subiu a taxa de 11% para 11,25% ao ano. Foi uma surpresa para o mercado, já que os analistas esperavam manutenção da taxa.
Em comunicado, o BC diz que considerou o risco da inflação para aumentar os juros. Isso foi bem visto pelo mercado, que entendeu que a política econômica pode tomar um rumo mais favorável.
Além disso, juros mais altos no Brasil podem atrair investimentos para o país, o que poderia levar o dólar a uma queda.
"O aumento dos juros dá uma animada no mercado por causa da expectativa de fluxo, mas principalmente porque é um indício de que o governo está mais preocupado com a inflação", afirmou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo, à agência de notícias Reuters.
Intervenções no mercado de câmbio
As atuações do Banco Central brasileiro no mercado de câmbio também influenciaram o resultado desta sessão.
O BC manteve seu programa de intervenções diárias, com as novas regras anunciadas em junho, vendendo os 4.000 novos contratos de swap cambial tradicional (equivalentes à venda futura de dólares) ofertados. Deles, 3.000 têm vencimento em 1º de junho de 2015 e os outros 1.000 são para 1º de setembro do próximo ano.
O BC também realizou o que deve ser o último leilão de rolagem dos contratos de swap que vencem em 3 de novembro. Foram vendidos 8.000 swaps com vencimento 1º de dezembro de 2015. Também foram ofertados contratos para 1º de outubro de 2015, mas nenhum foi vendido. A operação movimentou o equivalente a US$ 392,1 milhões.
Ao todo, o BC rolou o equivalente a US$ 8,651 bilhões, ou cerca de 98% do lote total do mês que vem, que corresponde a US$ 8,84 bilhões. Este deve ser o último leilão de rolagem dos contratos que vencem em 3 de novembro, porque o BC tem feito o último leilão de cada rolagem no penúltimo dia útil de cada mês.
O próximo vencimento será em 1º de dezembro, cujos contratos correspondem a US$ 9,831 bilhões.
(Com Reuters)
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