Após encostar em R$ 3,96, dólar inverte e fecha em queda de 1%, a R$ 3,908
O dólar comercial começou o dia em alta e chegou a encostar em R$ 3,96, mas depois inverteu a tendência e fechou esta quinta-feira (22) com queda de 0,9%, a R$ 3,908 na venda, acompanhando o bom humor nos mercados internacionais.
Na véspera, a moeda tinha subido 1,03%. No mês de outubro, o dólar acumula queda de 1,46%; no ano, tem valorização de 46,97%.
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Mercado internacional
Investidores estavam otimistas após o pronunciamento do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, que sugeriu que o programa de incentivo à economia da zona do euro deve continuar por mais tempo que o previsto.
Além disso, a entidade monetária europeia decidiu manter inalterada a taxa de juros, perto de zero.
Nos Estados Unidos, dados do governo mostraram que os pedidos de seguro-desemprego tiveram alta, mas ainda se mantiveram no menor nível em 42 anos.
Com isso, aumentou a especulação de que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) só aumente as taxas de juros no país em 2016. Juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países onde as taxas são mais altas, como o Brasil.
A recuperação das Bolsas chinesas nesta quinta-feira completou o quadro.
Cenário nacional
No contexto nacional, investidores continuavam preocupados com as contas públicas e com o cenário político no Brasil.
Na noite de quarta-feira, o Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. A perspectiva de que a Selic não suba no curto prazo também deixava os investidores com um pé atrás, uma vez que isso reduz a atratividade do país.
Em comunicado, o BC também informou que desistiu de tentar reduzir a inflação para 4,5% até o fim de 2016, por causa da alta do dólar e dos novos reajustes de preços controlados pelo governo, como gasolina e gás. A meta só deve ser atingida a partir de 2017, segundo o BC.
Ainda na véspera, parlamentares da oposição entregaram novo pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff (PT) ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Atuações do BC
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade à rolagem dos contratos de swap cambial (equivalentes à venda futura de dólares) que vencem em novembro, vendendo a oferta total de até 10.275 contratos.
Até agora, o BC já rolou US$ 7,680 bilhões, ou cerca de 75% do lote total, que corresponde a US$ 10,278 bilhões.
Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.
(Com Reuters)
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