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Dólar fecha outubro com queda de 2,6%, a R$ 3,863, após três meses de alta

Do UOL, em São Paulo

30/10/2015 17h11Atualizada em 30/10/2015 17h11

Em dia de forte instabilidade, o dólar comercial fechou esta sexta-feira (30) em alta de 0,23%, a R$ 3,863 na venda.

Apesar da alta no dia, a moeda norte-americana encerra a semana com queda de 0,71%. O dólar também fecha outubro com desvalorização de 2,59%, interrompendo uma sequência de três meses de avanço.

No ano, o dólar acumula ganho de 45,29%. 

O dia foi de poucos negócios, em meio às incertezas políticas e econômicas no país. Investidores preparavam-se para o feriado prolongado e também ajustavam seus investimentos no fim do mês.

"Não tem grande fundamento nos movimentos do câmbio hoje, é mais uma questão técnica", disse o operador de um banco internacional à agência de notícias Reuters, referindo-se ao feriado do Dia de Finados, na segunda-feira.

Os mercados brasileiros têm atravessado uma fase de poucos negócios nas últimas semanas. Os investidores têm evitado fazer grandes operações diante das incertezas políticas e econômicas no Brasil e estão adotando estratégias mais defensivas após o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) sinalizar que pode elevar os juros por lá em dezembro.

O resultado é que operações pequenas têm sido capazes de influenciar as cotações do dólar, tendência que ficou ainda mais forte no fim do mês.

"O mercado está ao léu. Não tem notícia para servir de guia, então o dólar acaba oscilando sem direção", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam Jaime Ferreira à Reuters.

Formação da Ptax

Pela manhã, a instabilidade foi um pouco mais acentuada porque operadores tentavam influenciar a Ptax de outubro, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais.

A taxa fechou a R$ 3,8582 para compra e R$ 3,8589 para venda.

Atuações do BC

Nesse contexto, o Banco Central anunciou para a semana que vem o início da rolagem dos swaps cambiais (equivalentes à venda de dólares no futuro) que vencem em dezembro, indicando que deve recolocar integralmente o lote equivalente a US$ 10,905 bilhões.

Os leilões de rolagem servem para adiar os vencimentos de contratos que foram vendidos no passado.

(Com Reuters)