Dólar fecha em queda de 1,43%, a R$ 3,42, de olho no cenário externo
O dólar comercial fechou esta sexta-feira (17) em queda de 1,43%, cotado a R$ 3,42 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia subido 0,1%.
Com isso, o dólar encerra a semana com baixa de 0,31%. A moeda acumula ainda desvalorização de 5,32% no mês e de 13,37% no ano.
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Referendo no Reino Unido
Investidores estavam mais otimistas nesta sessão com apostas de que a campanha pela saída do Reino Unido da União Europeia pode perder fôlego.
Na véspera, as campanhas a favor e contra a saída do Reino Unido no bloco foram suspensas após o assassinato da parlamentar Jo Cox, que defendia a permanência na União Europeia.
Pesquisas vinham mostrando preferência pela saída, alimentando preocupações com possíveis impactos sobre a economia e os mercados financeiros globais. A morte da parlamentar pode significar uma maior adesão de eleitores favoráveis à permanência no bloco, o que agrada os investidores.
Alta do petróleo
Também contribuiu para o otimismo do mercado a alta nos preços do petróleo no mercado internacional.
O barril do petróleo Brent, referência no mercado, fechou em alta de 4,2%, a US$ 49,17. O petróleo nos Estados Unidos subiu 3,83%, a US$ 47,98 o barril.
Crise política
No Brasil, investidores demonstravam cautela diante do quadro político incerto. Delações premiadas citando figuras importantes do governo Michel Temer, incluindo o próprio presidente interino, têm gerado apreensão sobre a credibilidade do país.
Na véspera, Henrique Eduardo Alves deixou o cargo de ministro do Turismo após ter sido citado em delação premiada do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. Ele foi o terceiro ministro a sair em pouco mais de um mês de governo Temer.
A assessoria de Alves disse que ele "repudia a irresponsabilidade e leviandade das declarações do senhor Sérgio Machado".
Em pronunciamento ontem, o presidente interino também classificou as afirmações de Machado como "manifestação irresponsável, leviana, mentirosa e criminosa". Segundo Machado, Temer negociou com ele o repasse de R$ 1,5 milhão de propina para a campanha de Gabriel Chalita (PDT) à Prefeitura de São Paulo, em 2012, pelo PMDB.
"Não dá para ficar 100% otimista por causa do cenário político, que é muito incerto", disse à agência de notícias Reuters o superintendente de derivativos da corretora de um banco nacional.
(Com Reuters)
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