Dólar fecha em leve alta de 0,1%, cotado a R$ 3,47, após duas quedas
O dólar comercial quebrou uma sequência de duas quedas e fechou esta quinta-feira (16) em leve alta de 0,1%, cotado a R$ 3,47 na venda.
Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 0,39%.
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Referendo no Reino Unido
Investidores seguiam apreensivos com a possibilidade de o Reino Unido deixar a União Europeia. O referendo de 23 de junho vem assustando o mercado, que evitava investimentos de maior risco com medo de que uma eventual saída britânica possa causar impactos na economia global.
Pesquisa publicada nesta manhã mostrou crescimento do apoio à saída do Reino Unido do bloco econômico, somando 53%.
A decisão do banco central do Japão de não oferecer novos estímulos à economia do país também contribuiu para o pessimismo do mercado.
Inflação nos EUA
Ainda no cenário externo, a inflação nos Estados Unidos desacelerou em maio e ficou em 0,2%. Apesar da desaceleração, os custos de moradia e saúde se mantiveram altos, o que poder permitir ao Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) elevar a taxa de juros este ano.
Na véspera, o Fed decidiu manter a taxa de juros entre 0,25% e 0,5%, mas indicou que vai ser menos agressivo ao elevar os juros após o fim deste ano.
Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em países onde as taxas de juros são maiores, como é o caso do Brasil.
Crise política
No Brasil, investidores também demonstravam cautela diante do quadro político incerto.
Ontem, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado afirmou, em delação premiada, que o presidente interino, Michel Temer, teria pedido recursos ilícitos para campanha de Grabriel Chalita (PMDB) à Prefeitura de São Paulo. Temer e Chalita negam as informações.
Nesta manhã, Temer fez pronunciamento no qual afirmou que, se tivesse cometido algum delito, não teria condições de presidir o país.
"A denúncia serve de lembrete de que a Lava Jato é o maior obstáculo enfrentado por Temer. Mas, na lista de denúncias, essa não parece ser muito severa", escreveram analistas da consultoria de risco político Eurasia Group em relatório.
(Com Reuters)
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