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Dólar fecha em alta de 1%, a R$ 3,282, de olho em juros no Brasil e Europa

Do UOL, em São Paulo

21/07/2016 17h06

dólar comercial fechou esta quinta-feira (21) em alta de 1,02%, cotado a R$ 3,282 na venda. Na véspera, a moeda norte-americana havia caído 0,32%

Com isso, o dólar acumula ganho de 2,13% no mês. No ano, no entanto, a desvalorização acumulada é de 16,88%.

Atuação do BC

No Brasil, o Banco Central voltou a atuar no mercado de câmbio, o que ajudou na alta do dólar. Nesta sessão, foi vendida a oferta total de 10 mil contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra futura de dólares. O BC tem feito este tipo de intervenção em praticamente todas as sessões no mês de julho. 

Na véspera, o BC decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano. Em comunicado, o BC reafirmou que não há espaço para corte de juros tão cedo.

Recesso parlamentar

Investidores continuavam com perspectivas otimistas em relação às medidas do governo do presidente interino, Michel Temer, que visam ajustar as contas públicas.

No entanto, o recesso parlamentar mantinha o noticiário político fora dos holofotes, após meses de intensa turbulência em Brasília, o que limitava a possibilidade de queda da moeda norte-americana.

Europa mantém juros

No exterior, investidores ficaram frustrados com a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter as taxas de juros e não alterar os programas de estímulo à economia.

"O mercado estava aguardando alguma novidade sobre estímulos, mas o BCE não trouxe nada", disse à agência de notícias Reuters o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Correa.

O BCE também informou que o impacto imediato causado nos mercados pela decisão britânica de deixar a União Europeia foi contido. No entanto, disse que ainda é cedo para determinar o impacto total da decisão do Reino Unido. 

O presidente do BCE, Mario Draghi, afirmou, ainda, que o BC europeu está preparado para tomar mais ações para elevar a inflação e o crescimento econômico, se necessário.

(Com Reuters)