Dólar fecha em alta de 1,1%, vendido a R$ 3,294, com atuação do BC
O dólar comercial fechou esta segunda-feira (25) em alta de 1,1%, cotado a R$ 3,294 na venda. Na sexta-feira (22), a moeda norte-americana havia caído 0,72%.
Com isso, o dólar acumula valorização de 2,51% no mês. No ano, no entanto, a moeda tem queda acumulada de 16,57%.
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Ajuste fiscal
Investidores estavam cautelosos, evitando fazer grandes apostas enquanto aguardavam sinais concretos sobre o ajuste nas contas públicas do governo do presidente interino, Michel Temer.
Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo", o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, acenou para a possibilidade de elevação de impostos, caso a proposta de criar um limite para os gastos públicos não seja aprovada no Congresso Nacional.
Em um evento nesta segunda-feira, Meirelles confirmou que aumentos pontuais de impostos poderão ser adotados, se necessário. O ministro disse, ainda, que a reforma da Previdência não pode ser feita às pressas, apesar de ser uma das prioridades do governo interino.
Atuação do BC
A alta do dólar no dia também foi influenciada pela atuação do Banco Central no mercado de câmbio.
Nesta sessão, foi vendida a oferta total de 10 mil contratos de swap cambial reverso, que equivalem à compra futura de dólares. O BC tem feito esse tipo de intervenção em praticamente todas as sessões no mês de julho.
Juros no exterior
No exterior, investidores aguardavam as reuniões sobre juros dos bancos centrais dos Estados Unidos e do Japão nesta semana, cujas decisões podem afetar aplicações financeiras em todo o mundo.
Investidores não esperam que o Fed (Federal Reserve, BC dos EUA) eleve os juros na quarta-feira (27), quando anuncia sua decisão, mas vêm crescendo as apostas de que ainda pode promover novos aumentos neste ano.
Expectativas de juros mais altos nos EUA podem atrair para lá recursos atualmente aplicados em economias onde os juros são maiores, como no Brasil.
Por outro lado, têm ganhado força as expectativas de mais estímulos econômicos pelo Banco do Japão, que decide os próximos passos da política monetária do país na sexta-feira (29).
"A semana está cheia, temos muitos eventos importantes nos próximos dias e predomina o sentimento de cautela", disse à agência de notícias Reuters o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.
(Com Reuters)
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