Dólar cai 1% no dia e 0,37% na semana, a R$ 3,268, após fala de chefe do BC
O dólar comercial fechou esta sexta-feira (16) em queda de 1,02%, a R$ 3,268 na venda, em um dia de grande instabilidade. O mercado foi influenciado pelo noticiário político, por uma entrevista do presidente do Banco Central e pela expectativa de alta de juros nos EUA.
Com isso, a moeda norte-americana fecha a semana em baixa de 0,37%. No mês, acumula alta de 1,2% e, no ano, desvalorização de 17,22%.
É a segunda baixa seguida. Na véspera, o dólar havia caído 1,24%.
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Cenário brasileiro
No Brasil, o dólar foi influenciado pelo otimismo em relação ao cenário político. Investidores viram com bons olhos o apoio do "centrão" --que reúne aproximadamente 200 deputados-- ao governo para aprovar medidas de ajustes das contas públicas.
O mercado também ficou animado com a notícia de que o presidente Michel Temer decidiu vetar integralmente o projeto de lei que dava reajuste de 60% aos defensores públicos da União.
A entrada de recursos externos no país também puxou a queda do dólar. Com maior oferta da moeda, o preço tende a cair.
Entrevista com presidente do BC
Investidores também ficaram de olho na entrevista do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, à agência de notícias Reuters.
O mercado entendeu que o presidente do BC deu sinais de que pode reduzir as intervenções no mercado de câmbio. Isso significaria espaço para uma queda do dólar.
O Banco Central atuou no mercado de câmbio nesta sexta-feira. Como nas duas últimas sessões, o BC ofertou 5.000 contratos de swap cambial reverso (equivalentes à compra futura de dólares). Todos foram vendidos.
Cenário externo
O dólar continuou sendo influenciado pela expectativa de alta de juros nos Estados Unidos. O Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) se reúne na semana que vem para mais uma decisão.
Hoje os investidores ficaram atentos à divulgação de dados sobre a economia norte-americana. A inflação no país ficou acima do esperado. O índice de preços ao consumidor nos EUA subiu 0,2% no mês passado, após ficar estável em julho; a expectativa era de avanço de 0,1%. Esses números poderiam indicar que há espaço para o Fed subir os juros na próxima semana.
Isso preocupa investidores, pois juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países onde os rendimentos são maiores, como é o caso do Brasil. Isso tiraria dólares daqui.
(Com Reuters)
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