Dólar sobe 1,7% na semana e fecha a R$ 3,473, maior valor desde junho
O dólar comercial teve o segundo dia seguido de alta e fechou esta sexta-feira (2) com leve valorização de 0,12%, a R$ 3,473 na venda. É o maior valor de fechamento desde 14 de junho deste ano, quando a moeda havia fechado a R$ 3,48.
Com isso, a moeda norte-americana encerra a semana com alta de 1,73% --é a segunda alta semanal seguida. No mês, acumula valorização de 2,52% e, no ano, tem queda de 12,04%.
Na véspera, o dólar havia subido 2,4%.
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Atuações do BC
Depois de várias sessões fora do mercado (desde 22 de novembro), o Banco Central brasileiro voltou a atuar no mercado de câmbio.
Nesta sessão, o BC fez leilão para adiar o vencimento de contratos de swaps cambiais tradicionais --que equivalem à venda de dólares no mercado futuro.
A operação foi para tentar conter a alta da moeda norte-americana.
Cenário político
Os investidores continuavam preocupados com a política e com a economia brasileira. A proximidade do final de semana, para quando estão previstas manifestações contra a corrupção, manteve o mercado atento.
O cenário político voltou a ser motivo de preocupações após a queda de mais um ministro (Geddel Vieira Lima, ex-ministro da Secretaria de Governo) do presidente Michel Temer na semana passada. Também preocupava o desentendimento entre Judiciário e Legislativo após mudanças nas medidas anticorrupção.
Esse cenário conturbado pode dificultar a aprovação de importantes medidas econômicas do governo no Congresso Nacional. Além disso, há preocupação com o conteúdo das delações premiadas de executivos da Odebrecht.
Mercado de trabalho nos EUA
O dólar também foi influenciado pela divulgação, nesta sexta-feira, de dados sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos.
Os empregadores norte-americanos aumentaram as contratações em novembro e a taxa de desemprego caiu para o menor nível em mais de nove anos, a 4,6%. No entanto, houve queda na renda do trabalhador.
Os números reforçaram as expectativas de que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) deve subir os juros na reunião deste mês.
Juros mais altos nos EUA poderiam atrair para lá recursos atualmente investidos em outros países onde os rendimentos são maiores, como é o caso do Brasil.
(Com Reuters)
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