Bolsa sobe 3%, com salto de 12% da Vivo; dólar opera estável, a R$ 3,71
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, operava em alta de mais de 3% nesta terça-feira (30). Por volta das 16h10, o índice avançava 3,21%, a 86.489,20 pontos, após cair 2,24% na véspera. Entre os destaques, as ações da Telefônica Brasil, dona da operadora Vivo, disparavam 12,23%, após o lucro da empresa saltar 160% no terceiro trimestre.
No mesmo horário, o dólar comercial operava praticamente estável, com leve alta de 0,09%, a R$ 3,708 na venda. Na véspera, a moeda subiu 1,39%. Com isso, o dólar segue acima da cotação considerada “ideal” para o equilíbrio da economia, que é de R$ 3,20 a R$ 3,30, segundo a FGV.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor sempre é maior.
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Reforma da Previdência
Investidores repercutiam a declaração do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), de que tentará aprovar ainda neste ano alguns pontos da reforma da Previdência em tramitação no Congresso, entre outros projetos. Bolsonaro também afirmou que vai tentar impedir que o Congresso aprove neste ano medidas chamadas "pautas-bomba", para que não afetem ainda mais as contas públicas do país.
"O comprometimento com a agenda econômica e priorização da mesma é um forte sinal na direção do mercado, mesmo que a execução disso ainda seja complexa em 2018", disse a corretora XP em relatório.
A reforma da Previdência é considerada pelo mercado como uma das principais medidas para equilibrar as contas públicas.
Cautela no exterior
No exterior, o dólar subia ante a uma cesta de moedas devido às preocupações sobre uma intensificação da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Os EUA estariam se preparando para anunciar tarifas sobre todas as importações chinesas remanescentes no início de dezembro se as negociações entre os dois países, planejadas para o próximo mês, não avançarem.
Nesta terça-feira, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse acreditar que haverá "um grande acordo comercial" com a China.
Dólar “ideal” considera equilíbrio da economia
O dólar "ideal" deveria estar hoje entre R$ 3,20 e R$ 3,30, segundo Emerson Marçal, coordenador do Centro de Economia Aplicada da Fundação Getulio Vargas (Cemap/FGV), que realiza trimestralmente um estudo sobre a taxa de equilíbrio do câmbio.
A taxa de equilíbrio é uma cotação que não seja nem muito alta nem muito baixa, para não prejudicar nenhum setor. Os exportadores, por exemplo, precisam de dólar mais alto para os produtos brasileiros custarem menos no exterior. Por outro lado, se o dólar disparar, os produtos importados ficam muito caros e isso aumenta a inflação no Brasil.
Esse "dólar ideal" é calculado periodicamente e busca um equilíbrio nas contas externas. Essas contas incluem balança comercial (exportações e importações), trocas de serviços (como seguros internacionais e gastos de brasileiros em viagens ao exterior), remessas de lucros e dividendos, pagamentos da dívida externa e os investimentos estrangeiros no país.
Atuação do BC
Nesta terça-feira, o BC vendeu 6.530 contratos de swap cambial tradicional (equivalente à venda futura de dólares), concluindo a rolagem dos US$ 8,027 bilhões que vencem em novembro.
(Com Reuters)
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