Dólar sobe a R$ 4,326 e bate novo recorde de fechamento; Bolsa avança 2,5%
O dólar comercial teve alta de 0,13% e fechou cotado a R$ 4,326 na venda, novo recorde nominal de fechamento —ou seja, sem considerar o efeito da inflação (leia mais abaixo). Na véspera, o dólar fechou quase estável, a R$ 4,321 na venda. Durante os negócios desta terça-feira (11), a moeda americana chegou a superar os R$ 4,34 na venda.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, fechou em alta de 2,49%, com 115.370,61 pontos.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para turistas, o valor é sempre maior.
Preocupação com crescimento no Brasil
O dólar voltou a fechar numa máxima histórica com investidores temendo uma recuperação mais lenta da economia, mesmo num cenário de juros baixos, o que prejudica a atratividade do real como investimento.
No exterior, percepções de que o surto de coronavírus que começou na China e já matou mais de mil pessoas possa se estabilizar em breve, bem como de que o impacto na economia global pode não ser tão significativo apoiavam ganhos nas Bolsas dos EUA, que bateram novos recordes.
Recorde do dólar não considera inflação
O recorde do dólar nesta terça-feira considera o valor nominal, ou seja, sem descontar os efeitos da inflação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Levando em conta a inflação nos EUA e no Brasil, o pico do dólar pós Plano Real ocorreu no fim do governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 22 de outubro de 2002. O valor atualizado seria de cerca de R$ 7,60. O valor nominal na época foi de R$ 3,9522.
Fazer esta correção é importante porque, ao longo do tempo, a inflação altera o poder de compra das moedas. O que se podia comprar com US$ 1 ou R$ 1 em 2002 não é o mesmo que se pode comprar hoje com os mesmos valores.
*Com Reuters
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