30% das exportações do Brasil, como petróleo e nióbio, não terão tarifas
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Em meio ao caos que se instalou nos mercados desde o anúncio do 'tarifaço' de Trump, um alento para o Brasil: perto de 30% das exportações de produtos para os Estados Unidos não sofrerão acréscimo. O Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o Itamaraty e a Amcham se debruçam sobre os pormenores da decisão. Os americanos publicaram nos anexos à decisão inúmeras listas de exclusões.
Grande parte é petróleo, combustível, madeira, ouro, cobre, nióbio e diversos outros minerais.
Para se ter uma ideia, na pauta brasileira de exportações para os Estados Unidos, petróleo vem em primeiro lugar, com US$ 1,3 bilhão, seguido por aço e ferro (US$ 1.1 bilhão), reatores e máquinas (US$ 464 milhões) e café e chá (US$ 387 milhões).
O MDIC está, neste momento, fechando as notas e avaliando todos os bens e serviços capazes de serem excluídos.
'Tarifaço de Trump'
Trump impôs uma tarifa adicional de 10% será imposta sobre todas as importações de todos os parceiros comerciais dos Estados Unidos. Isso pode parecer estranho, já que Trump apresentou uma tabela com números diferentes para diversos países. Porém, segundo a ordem executiva, até a próxima quarta-feira, todos os países terão essa mesma tarifa —exceto aqueles que foram alvos de ações específicas anteriormente, como México e Canadá.
Taxa do Brasil é de 10%, e não haverá alterações por enquanto. Missão brasileira pretende viajar aos EUA para retomar discussões para tentar rever valores.
Na quarta, o aumento das tarifas vai chegar até os valores anunciados por Trump, alguns arredondados. É o caso do Camboja, que terá tarifas de 50%, e não 49% como apresentados pelo presidente no evento na Casa Branca. A lista, disponibilizada como anexo à ordem executiva, inclui apenas os países que cobram mais de 20% de tarifas dos Estados Unidos. Então, o Brasil está fora dela.
Outros produtos não entram na tarifa recíproca porque já foram listados em outras ordens executivas desde 20 de janeiro. Isso inclui o aço e alumínio —com taxas de 25%, alimentos, medicamentos e bens essenciais, automóveis e peças automotivas —que tiveram tarifas próprias de 25% iniciadas na quinta-feira, cobre, semicondutores, artigos de madeira e minerais cítricos.
Trump também impôs cobrança de tarifas adicionais a países que, segundo ele, têm sido injustos com os EUA no comércio internacional, entre eles, China (taxa de 34%), União Europeia (20%) e Japão (24%).
6 comentários
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Johnny Gonçalves
E pensar que o bananinha foi para os States buscar retaliações contra seu próprio país. Esse é o tipo de patriota que o Trump gosta (mas não dá bola).
Maximilian Wilhelm Brune
O nosso Mito mostrou aos americanos o valor do nióbio. O melhor presidente república, só não foi reeleito por causa do código fonte. Selvaaaaa!!!
Belmiro Luiz
E alguem ia achar com a necessidade americana por petroleo, Niobio e tudo que do interesse americano esta livre de ser taxado de terrorista, ou sofrer punicoes ou mesmo taxacoes outra coisa que eles buscam e minerais terras raras, nao porque sao bozinhos estes terorristas imperialsta porque se acham o donos do mundo, Este disputa por hegemonia global esta no fim e teremos um mundo diferente, adeus hegemonia americana adeus dolar.