Em dia de 'pibinho', dólar tem 11ª alta e vai a R$ 4,581; Bolsa sobe 1,6%
O dólar comercial emendou hoje sua 11ª alta consecutiva, de 1,55%, fechando o dia cotado a R$ 4,581 na venda. É a maior variação positiva registrada desde 8 de novembro de 2019 (1,83%) e também o maior valor nominal (sem considerar a inflação) de fechamento já alcançado pela moeda.
Nem a intervenção do Banco Central, que anunciou para amanhã uma oferta líquida de até US$ 1 bilhão em contratos de swap cambial, foi capaz de segurar a alta da moeda norte-americana.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, também encerrou o pregão em alta (1,6%), chegando aos 107.224,22 pontos.
No ano, o dólar já acumula valorização de 14,15% frente ao real, tornando a brasileira a moeda de pior desempenho entre as 142 principais divisas. Já o Ibovespa soma queda de 7,28% até agora.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
'Pibinho' não animou
A sessão de hoje foi marcada pela reação dos investidores aos dados do PIB (Produto Interno Bruto) de 2019. Segundo divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta manhã, a economia brasileira cresceu 1,1% em 2019.
Na avaliação do sócio-fundador do grupo Laatus, Jefferson Laatus, os números não deixaram o mercado otimista. "O PIB brasileiro não decepcionou tanto, mas também não animou; não tirou muita pressão do dólar, e o mercado segue em espera", disse à agência de notícias Reuters.
Expectativa de queda nos juros
Investidores também estão atentos a um possível corte da taxa de juros (Selic) no Brasil, após os Estados Unidos promoverem um corte emergencial em sua taxa de juros por causa do novo coronavírus.
Ontem, em nota, o BC brasileiro afirmou que monitora atentamente os impactos do coronavírus nas condições financeiras e na economia brasileira, deixando em aberto a possibilidade de uma nova redução na Selic.
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC se reúne em 17 e 18 de março para decidir sobre a taxa de juros, que está em patamar mínimo recorde de 4,25% ao ano.
Recorde do dólar não considera inflação
O recorde do dólar alcançado hoje considera o valor nominal, ou seja, sem descontar os efeitos da inflação, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Levando em conta a inflação nos EUA e no Brasil, o pico do dólar pós-Plano Real aconteceu no fim do governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 22 de outubro de 2002. O valor nominal na época foi de R$ 3,952, mas o valor atualizado ultrapassaria os R$ 7.
Fazer esta correção é importante porque, ao longo do tempo, a inflação altera o poder de compra das moedas. O que se podia comprar com US$ 1 ou R$ 1 em 2002 não é o mesmo que se pode comprar hoje com os mesmos valores.
*Com Reuters
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