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Dólar abre semana em alta de 1,12%, a R$ 5,238; Bolsa também sobe

Getty Images/iStock
Imagem: Getty Images/iStock

Do UOL, em São Paulo

28/12/2020 17h22Atualizada em 28/12/2020 18h20

O dólar comercial abriu a última semana de 2020 em alta de 1,12%, cotado a R$ 5,238 na venda, no momento do ano que costuma ser marcado por volatilidade. Na quinta-feira (24), dia da última sessão, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,38% (R$ 5,180).

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), também encerrou o dia em valorização (1,12%), aos 119.123,70 pontos. É o terceiro pregão seguido de alta no indicador, que subiu 3,01% em 2020.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Baixa liquidez

Operadores chamaram atenção para a baixa liquidez dos mercados com a aproximação do Ano Novo, com o menor giro potencializando a volatilidade. A expectativa de compra bilionária de dólares por bancos na virada do ano por causa do desmonte do overhedge foi apontada como possível fator de pressão para o real.

O overhedge é uma proteção cambial adicional adotada por bancos que deixou de ser interessante depois de mudanças em regras tributárias anunciadas no começo de 2020. Desfazer o overhedge implica compra de dólares.

"Com o final de ano, a liquidez reduzida pode gerar algum movimento mais brusco nos mercados", disse à Reuters João Freitas, analista da Toro Investimentos. "Desde o começo de dezembro vimos o Banco Central ampliando oferta de swaps para melhorar liquidez."

EUA e Brexit

Nos mercados internacionais, o dia é de alívio depois que novas medidas de auxílio econômico foram aprovadas nos Estados Unidos. O presidente Donald Trump sancionou ontem um pacote de ajuda no valor total de US$ 2,3 trilhões, restaurando o auxílio-desemprego a milhões de cidadãos e evitando a paralisação do governo federal.

Após meses de ansiedade em relação ao mercado de trabalho e à saúde das empresas da maior economia do mundo, os mercados internacionais comemoravam a notícia, recebendo ainda o impulso do acordo comercial pós-Brexit entre o Reino Unido e a União Europeia.

Enquanto isso, sem expectativas de movimentações importantes em Brasília, investidores locais devem levar sua ansiedade em relação ao cenário fiscal doméstico, que tem dominado o radar dos mercados nos últimos meses. Investidores ainda guardam garantias concretas de que o governo não desrespeitará o teto de gastos em 2021.

(Com Reuters)