Dólar cai 1,94% e Bolsa sobe 1,96% em dia de aprovação da PEC Emergencial
O dólar fechou hoje (11) em queda de quase 2%, enquanto o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de Valores brasileira, subiu 1,96%. A movimentação ocorreu no dia em que o texto-base da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) Emergencial foi aprovado em segundo turno pela Câmara. O projeto autoriza o pagamento de até R$ 44 bilhões por meio do novo auxílio emergencial.
No segundo dia consecutivo de queda, o dólar comercial caiu 1,94% ante o real, cotado a R$ 5,543 na venda. Ontem (10), a moeda norte-americana desvalorizou 2,50%, a R$ 5,653 na venda, após três dias consecutivos de alta.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Já o Ibovespa fechou em alta no terceiro dia de valorização consecutiva. O índice subiu 1,96% aos 114.983,76 pontos. As ações da CVC lideraram os ganhos na Bolsa, com 10,96% de alta. Na outra ponta, os papéis da Totvs caíram 1,99%. Ontem, o índice subiu 1,30%, aos 112.776,49 pontos.
PEC Emergencial e nova intervenção do BC
O dia foi marcado pela votação em segundo turno da PEC Emergencial na Câmara dos Deputados e intervenção do Banco Central nos mercados de câmbio, enquanto os agentes do mercado reagiam a dados sobre a inflação doméstica.
A Câmara dos Deputados aprovou, em segundo turno, o texto-base da PEC Emergencial. Além da liberação de R$ 44 bilhões para o auxílio emergencial, o texto também traz gatilhos a serem acionados para conter despesas públicas.
O Banco Central fez nesta quinta-feira nova oferta líquida de contratos de swap cambial tradicional, voltando a disponibilizar até US$ 1 bilhão. O BC vendeu o lote total de até 20 mil contratos distribuídos com vencimentos entre 1º de junho e 1º de dezembro deste ano.
Além disso, a alta da inflação, que disparou a uma alta de 0,86% em fevereiro, ante 0,25% no mês anterior, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE, colaborava para as expectativas dos investidores em torno da próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, com apostas de que a instituição possa elevar o patamar dos juros básicos.
"Mesmo com a atividade econômica fraca, a elevação dos preços contribuirá para que o Banco Central considere a elevação da taxa de juros antes do que se esperava a fim de manter o nível de preços", explicou Matheus Jaconeli, economista da Nova Futura Investimentos, em entrevista à agência de notícias Reuters. "A fragilidade fiscal e o risco percebido em relação ao Brasil também afetam a decisão da autoridade monetária", complementou.
A redução sucessiva da taxa Selic até o patamar atual de 2%, sua mínima histórica, foi um dos fatores que colaborou para as fortes perdas apresentadas pelo real ao longo do último ano, segundo a maioria dos analistas. A elevação da taxa pode ampliar o diferencial de juros entre o Brasil e outros países, tornando os rendimentos locais mais atraentes e possivelmente aumentando a entrada de capital estrangeiro.
(Com Reuters)
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