Bolsa sobe 0,84% e volta aos 120 mil pontos depois de 2 meses; dólar cai
Depois de quase dois meses, o Ibovespa enfim voltou ao patamar de 120 mil pontos. O principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), que chegou a subir mais de 1% ao longo do dia, fechou o pregão em alta de 0,84%, aos 120.294,68 pontos.
É o maior patamar de fechamento desde 17 de fevereiro, quando o Ibovespa alcançou os 120.355,79 pontos. Ontem, o índice encerrou o dia em 119.297,133 pontos, com alta de 0,41%.
O destaque positivo de hoje ficou com as ações da Marfrig (MRFG3) e da CVC (CVCB3), que valorizaram 5,54% e 5,36%, respectivamente. Já as maiores baixas foram registradas pela Cogna Educação (COGN3) e pela SulAmérica (SULA11), com -4,62% e -3,44%, respectivamente.
O dólar, por sua vez, emendou sua segunda queda consecutiva, de 0,82%, cotado a R$ 5,671 na venda. No ano, porém, a moeda americana acumula alta de 9,29%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Orçamento preocupa investidores
As atenções dos investidores seguiram voltadas para como o governo brasileiro vai resolver o imbróglio orçamentário, que tem causado temores de descumprimento do teto de gastos, com consequente aumento do risco de descontrole da trajetória das contas públicas.
Alguns analistas já começaram a notar algum limite de piora nos ativos domésticos, dado o elevado prêmio de risco já acumulado.
À Reuters, estrategistas do Morgan Stanley avaliaram que, apesar de um "ponto de virada" ainda estar a algumas semanas de distância no Brasil, a barra para novas decepções pode estar "alta demais" — sugerindo que muita notícia ruim já está nos preços.
O JPMorgan se diz neutro em real, mas acredita que as altas de juros deverão ser positivas para os mercados à frente e que o Banco Central pode intervir para barrar uma depreciação muito forte. O banco ainda lembrou que o real é atualmente uma das moedas mais baratas do mundo emergente, de acordo com o modelo BEER.
(Com Reuters)
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