Dólar tem leve queda e fecha a R$ 5,718; Bolsa emenda 2ª alta, de 0,41%
Depois de duas altas consecutivas, o dólar voltou a cair e terminou o dia cotado a R$ 5,718 na venda — uma leve queda de 0,08% em relação ao valor de fechamento de ontem, quando a moeda americana encerrou em R$ 5,722.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3) emendou sua segunda alta seguida, fechando o pregão com 0,41% de valorização, aos 119.297,13 pontos. O destaque positivo ficou com os papéis das Lojas Americanas (LAME4), que dispararam 9,31% na sessão de hoje; a maior queda, em contrapartida, foi registrada pela Eneva (ENEV3): -7,09%.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
O dólar abriu a sessão em alta, ainda repercutindo o noticiário da véspera sobre uma possível flexibilização do teto de gastos, mas reverteu a tendência ao longo do dia, seguindo o comportamento do câmbio no exterior. Divulgados hoje, os dados da inflação nos Estados Unidos não referendaram as apostas dos investidores na redução de estímulos pelo Fed (Federal Reserve, o Banco Central americano).
Apesar da influência do mercado externo, analistas reforçam que a deterioração do cenário fiscal doméstico é o principal fator para a manutenção da desvalorização do real frente ao dólar.
"A gente está brincando com a última âncora fiscal que a gente tem", disse à Reuters Roberto Motta, responsável pela mesa de derivativos da Genial Investimentos. "Acredito que a reação [negativa] do mercado [ontem] continuou hoje."
Ontem, a moeda brasileira teve o pior desempenho global, após notícias de que o ministro Paulo Guedes (Economia) e sua equipe, em meio a pressões do Congresso sobre o Orçamento de 2021, estariam estudando a criação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que abrigue gastos extraordinários, como medidas de apoio a emprego e recursos da Saúde, deixando essas despesas fora do teto de gastos.
Operadores têm repetido que, com tantos riscos em volta, o mercado tem evitado elevar posições, o que reduz a liquidez e deixa os negócios mais suscetíveis a vaivéns, como o registrado na sessão de hoje.
A incerteza sobre a política monetária tampouco tem ajudado o câmbio. Quase metade dos gestores na América Latina consultados pelo Bank of America calcula que uma taxa Selic entre 5% e 6,75% ao fim do ano conseguiria evitar uma maior depreciação do real.
Hoje, os juros básicos da economia estão em 2,75% ao ano, e podem fechar 2021 em 5,25%, segundo as últimas projeções do mercado.
(Com Reuters)
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