Dólar emenda 3ª queda, a R$ 4,805, menor valor em um mês; Bolsa sobe 1,71%
O dólar comercial fechou o dia em queda de 1,41%, a R$ 4,805, na venda, no terceiro recuo seguido. É o menor valor em um mês, desde 22 de abril, quanto a moeda chegou no mesmo valor. O Ibovespa, o principal da Bolsa de Valores brasileira (B3), emendou a terceira alta, de 1,71%, a 110.345,82 pontos. É o maior nível da Bolsa em um mês, desde 25 de abril (110.684,95 pontos).
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Destaques da Bolsa
O Ibovespa foi impulsionado por ações ligadas a commodities (matérias-primas, como petróleo e minério de ferro) e diante de ganhos da Bolsa de Nova York. Vale (VALE3), Petrobras (PETR3/PETR4) e bancos conduziram a alta da sessão, enquanto Rede D'Or (RDOR3) foi a principal pressão negativa.
O ativo com maior alta foi o da IRB Brasil (IRBR3), de resseguros, que cresceu 8,85%. O pior desempenho foi o do Banco Inter (BIDI11), que encerrou o dia com recuo de 4,83%.
Investidores hoje tentaram retomar a confiança que há dias é golpeada por incertezas sobre os efeitos do aumento dos juros, da inflação elevada e das debilidades da economia chinesa sobre o crescimento global.
Num sinal animador, os contratos futuros de minério de ferro de referência na China subiram cerca de 7% nesta segunda-feira, seguindo seu maior salto diário em dois meses e meio. O minério de ferro é um dos principais produtos da pauta de exportação brasileira, e suas oscilações mexem nos termos de troca, variável que entra na conta de cálculos de taxa de câmbio de equilíbrio.
O real vem sendo destaque positivo entre os países emergentes. O dólar cai 6,5% no Brasil desde os valores máximos registrados no dia 12. Com exceção do rublo russo —contra o qual o dólar cai 10% no período, mas em meio a operações com interferência de controles de capital—, o real tem o melhor desempenho dentre peso mexicano, peso colombiano, sol peruano, peso chileno, lira turca e rand sul-africano.
À frente, no entanto, analistas ainda veem um cenário mais duvidoso para o real.
"Apesar de esperarmos um ciclo de alta da Selic mais longo do que no início de 2022, daqui para frente acreditamos que as últimas demonstrações de agressividade do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA) e a intensificação do ciclo eleitoral (no Brasil) acabarão pesando sobre o real e outros ativos locais", disseram em nota os estrategistas do Rabobank Mauricio Une e Gabriel Santos. O banco espera dólar de R$ 5,25 ao fim do ano.
*Com Reuters
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