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Com temor de recessão fora e eleição no Brasil, dólar fecha em R$ 5,381

Dólar fechou com forte alta de 2,53%; Bolsa caiu 2,33% - Getty Images
Dólar fechou com forte alta de 2,53%; Bolsa caiu 2,33% Imagem: Getty Images

Do UOL, em São Paulo*

26/09/2022 17h21Atualizada em 26/09/2022 17h32

O dólar comercial fechou com forte alta de 2,53%, cotado a R$ 5,381, na sessão desta segunda-feira (26).

No radar está o movimento causado por uma aversão a riscos, com a perspectiva de juros crescentes nas principais economias do mundo alimentando temores de uma recessão. No Brasil, a reta final da corrida eleitoral contribuía para a cautela de investidores.

O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.

Ibovespa fecha em forte queda

Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou em forte queda na sessão de hoje. A Bolsa encerrou o pregão caindo 2,33%, aos 109.114,16 pontos.

Durante a sessão desta segunda-feira, as ações da 3R Petroleum (RRRP3), PETZ (PETZ3) e Natura (NTCO3) figuraram entre as maiores baixas do dia.

Aversão a risco

Investidores têm fugido rapidamente de ativos considerados arriscados nos últimos dias, principalmente desde que o Federal Reserve subiu sua taxa de juros em 0,75 ponto percentual pela terceira vez seguida na quarta-feira passada e projetou uma trajetória de aperto monetário mais agressiva do que o inicialmente esperado pelos mercados.

Juros mais altos nos EUA beneficiam o dólar ao tornar os retornos da renda fixa norte-americana mais interessantes para o capital estrangeiro, e também têm desencadeado temores de recessão, já que tendem a restringir os gastos de empresas e famílias.

Com a divulgação de dados de inflação das principais economias e falas de dirigentes de bancos centrais agendadas para os próximos dias, "a semana promete ser desafiadora, um prato cheio para amplitude e volatilidade" nas oscilações do câmbio, afirmou Jefferson Rugik, presidente-executivo da Correparti Corretora.

Rugik chamou a atenção ainda, no âmbito doméstico, para as eleições presidenciais de domingo.

Eleições movimentam cenário doméstico

A última semana de campanha antes do primeiro turno será marcada por uma avalanche de pesquisas eleitorais, com todas as atenções voltadas para possíveis indícios sobre as chances de o líder nas pesquisas Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liquidar a fatura já no dia 2 de outubro.

Analistas da Genial Investimentos também destacaram em relatório a agenda local de indicadores desta semana, que trará as leituras do IPCA-15 de setembro e do índice de preços ao produtor de agosto, dados de desemprego, relatórios de dívida e crédito e dados fiscais.

*Com Reuters