Em dia de anúncios do governo na Economia, dólar retorna aos R$ 5
O dólar comercial encerrou a quinta-feira em alta de 1,65%, cotado a R$ 5,036.
Assim, a moeda retornou ao patamar dos R$ 5, o que não ocorria desde o dia 8 deste mês, quando esteve a R$ 5,0115.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou o dia em valorização de 1,15%, aos 110.054,38 pontos.
Cenário interno
Investidores digeriam alta menor do que a esperada do IPCA-15 em maio. Hoje, o Ministério da Fazenda revisou para cima a projeção para a inflação medida pelo índice em 2023 e 2024.
A estimativa para a alta de preços neste ano passou de 5,31% para 5,58%. "IPCA-15 bem abaixo do esperado e com qualitativo melhor deve dar suporte adicional à melhora dos ativos locais", escreveu Dan Kawa, diretor de investimentos da TAG Investimentos.
Com a inflação mais baixa que o esperado, os juros podem começar a cair. "A perspectiva de início do processo de corte de juros impulsionou principalmente as ações mais ligadas a atividade doméstica", declarou o gestor de ações da Ace Capital Tiago Cunha.
Por outro lado, caem ações de commodities por preocupações com a economia da China.
Além disso, houve anúncio do governo para abaixar o preço dos carros. O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, anunciou redução de IPI e PIS/Cofins para carros até R$ 120 mil e previu que isso gerará um desconto nos preços dos veículos para os consumidores.
Cenário externo
O impasse em torno da negociação sobre o teto da dívida dos Estados Unidos, que pode jogar a maior economia do mundo em um "default", fez os investidores buscarem a proteção do dólar nesta quinta-feira.
O governo e a oposição debatem ampliar o teto da dívida dos EUA. Essa discussão fez o dólar, que é considerado um porto seguro pelos investidores, subir ante moedas como o real, o dólar australiano e o dólar canadense. "A negociação (entre a Casa Branca e os republicanos) não caminha, não anda, e o dia está chegando. Isso tudo contribui para a valorização do dólar", pontuou Jefferson Rugik, diretor da Correparti Corretora.
A agência de classificação de risco Fitch adotou perspectiva negativa para a nota de crédito dos Estados Unidos, enquanto se aproxima o prazo para governo e Congresso chegarem a um acordo para elevar o teto da dívida do país antes de um calote catastrófico.
Um calote nos Estados Unidos provavelmente causaria estragos financeiros e econômicos a nível global, dada a posição central do dólar nos mercados internacionais, dizem especialistas.
"A dificuldade do Congresso norte-americano de chegar em um consenso sobre o teto da dívida aumenta o risco de que o governo não consiga fazer o pagamento de alguns compromissos", disse o departamento de pesquisas e estudos econômicos do Bradesco em relatório.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
*Com Reuters e Estadão Conteúdo
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