Dólar cai para R$ 4,862 após inflação dos EUA; Bolsa cai
O dólar comercial encerrou em baixa de 0,084%, cotado a R$ 4,862. É o menor valor em um ano, desde 6 de junho do ano passado.
Já o Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores brasileira (B3), fechou em queda de 0,51%, aos 116.742,71 pontos. A queda de hoje interrompeu uma sequência de sete altas seguidas.
Cenário externo:
Investidores digerem importantes dados de inflação dos Estados Unidos, que reforçaram ainda mais a previsão de manutenção dos juros básicos pelo Federal Reserve em sua reunião desta semana.
Dados mostraram mais cedo que o índice de preços ao consumidor dos EUA aumentou 0,1% no mês passado com queda dos preços da gasolina, depois de avanço de 0,4% em abril.
Nos 12 meses até maio, o índice subiu 4,0%, menor patamar nessa base de comparação desde março de 2021, ante aumento de 4,9% em abril. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice subiria 0,2% no mês passado e aumentaria 4,1% na comparação anual. "A probabilidade de o Fed manter os juros entre 5,00% e 5,25% na reunião desta quarta-feira subiu... após a publicação do índice de preços dos Estados Unidos, que apresentou números em conformidade com as expectativas", escreveu Bruna Sene, analista da Nova Futura Investimentos.
Agora, o mercado aponta quase 100% de chance de o Fed deixar a política monetária inalterada na reunião de dois dias que se encerra na tarde de quarta, embora ainda espere nova alta dos juros em julho.
O dólar tende a ser pressionado globalmente em cenário de estabilidade ou eventual redução dos juros nos EUA, uma vez que uma política monetária menos restritiva tornaria a rentabilidade da maior economia do mundo menos atraente para investidores estrangeiros, que passariam a direcionar seu dinheiro para países de retornos mais altos.
Cenário interno:
O Ibovespa titubeava nesta terça-feira, em meio a movimentos de realização de lucros, mas com um cenário externo favorável a ativos de risco, com dados de inflação corroborando apostas de pausa no ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos e medidas na China para apoiar o crescimento econômico.
O Banco Central se reunirá na semana que vem para deliberar sobre a política monetária. No Brasil, a taxa Selic está atualmente em 13,75%, nível elevado que tem sido apontado como um dos pilares de sustentação do real.
A expectativa predominante entre os operadores é de manutenção da Selic, mas há grandes chances de a autarquia abrir a porta para afrouxamento dos custos dos empréstimos ainda este ano, dizem especialistas. "Em um cenário de desaceleração dos núcleos (de inflação) e expectativas caminhando para as respectivas metas, o início deste processo (de afrouxamento) poderia ser antecipado para setembro de 2023 ou até mesmo agosto, dependendo dos dados, um trimestre antes do que esperávamos", disse Eduardo Nishio, chefe de pesquisa da Genial Investimentos, em relatório a clientes.
O valor do dólar divulgado diariamente pela imprensa, inclusive o UOL, refere-se ao dólar comercial (saiba mais clicando aqui). Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é bem mais alto.
Com Reuters.
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